O grupamento dos papéis MGLU3, caso seja aprovado na AGE, será realizado na totalidade dessas atuais 7,3 bilhões ações ordinárias (Leandro Fonseca/Exame)
Repórter de Invest
Publicado em 22 de março de 2024 às 11h15.
Última atualização em 22 de março de 2024 às 11h43.
A Magazine Luiza (MGLU3) informou nesta sexta-feira, 22, que o seu conselho de administração aprovou a proposta de grupamento de ações. Segundo o fato relevante, a ideia é de que a junção aconteça na proporção de dez para um. Esse grupamento já considera aumento de capital total no valor de R$ 1,25 bilhão, homologado na véspera. No Ibovespa, os papéis MGLU3 operam com queda de 2,51%
Em comunicado, a varejista informou que, em relação ao aumento de capital, foram subscritas e integralizadas 100% das ações objeto (641.025.641) ao preço de emissão de R$ 1,95 por cada uma delas, o que totalizou o montante R$ 1,25 bilhão. Em decorrência desse movimento, o capital social da Magazine Luiza passou de R$ 12.552.162.483,75 para R$ 13.802.162.483,70 – o que representa 7.389.952.489 ações.
Já o grupamento dos papéis MGLU3, caso seja aprovado na AGE, será realizado na totalidade dessas atuais 7,3 bilhões ações ordinárias. Após a conclusão, o capital social da varejista permanecerá no montante de R$ 13,8 bilhões e será dividido em 738.995.248 ações.
Com isso, considerando o fechamento de ontem, em que o papel da Magazine Luiza encerrou o pregão cotado a R$ 1,99, o preço por papel passará a valer R$ 19,90. “A realização da operação de grupamento das ações ordinárias de emissão da companhia tem como principal objetivo a redução na volatilidade das ações”, diz a Magalu via fato relevante.
Sobre o aumento de capital, a varejista elencou os seguintes pontos para a sua justificativa: a aceleração dos investimentos em tecnologia, incluindo a expansão do Luizalabs e a evolução da plataforma de marketplace, experiência do usuário (UX) e dos serviços de Advertising, Fintech, Fulfillment e Magalu Cloud; e a otimização da estrutura de capital da Magazine Luiza.
O aumento de capital foi proposto pela varejista no fim de janeiro, e aprovado ontem pelo conselho. O montante vai ser totalmente garantido pelos acionistas controladores e pelo banco BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME). A família Trajano vai colocar até R$ 1 bilhão, enquanto o banco deu garantia firme para os R$ 250 milhões. O banco também vai financiar os Trajano por meio da celebração de determinados contratos e acordos de derivativos.
Embora o varejo viva um momento complexo, com Americanas buscando uma retomada pós-recuperação judicial e a Casas Bahia tentando se reestruturar, o aumento de capital do Magalu não visa pagar dívida e, sim, reforçar seus investimentos em tecnologia. Saiba mais detalhes dessa operação no EXAME INSIGHT.