Arezzo quer se consolidar como um conglomerado de muitas grifes | Foto: Germano Lüders/EXAME (Germano Lüders/Exame)
Da Redação
Publicado em 1 de dezembro de 2021 às 11h10.
A Arezzo (ARZZ3) anunciou a aquisição da marca Carol Bassi na última terça-feira, 30, por 180 milhões de reais, garantindo a entrada da companhia no mercado de moda feminina e dando mais um passo para se converter uma house of brands, um conglomerado com diferentes grifes.
A notícia foi bem recebida pelo mercado, apesar do preço salgado da operação. Segundo cálculos do analista do BTG Pactual digital Marcel Zambello, a aquisição saiu na casa de 10 vezes o Ebitda da Arezzo, enquanto a própria companhia é negociada a um valor de 12x o Ebitda.
“Não é uma aquisição tão barata olhando para os múltiplos, mas existe um potencial de crescimento de receita contratado para o futuro, tanto pela baixa base de comparação quanto pela aceleração do canal online”, afirmou Zambello no programa Abertura de Mercado desta quarta-feira, 1º.
O plano de expansão da marca envolve a criação de um e-commerce além da abertura de 15 a 20 novos pontos físicos nos próximos meses -- atualmente a marca possui apenas uma loja física, no shopping Cidade Jardim, em São Paulo.
O analista compara a operação à compra realizada pelo Grupo Soma (SOMA3), dono das grifes Farm e Animale, que adquiriu em 2020 a marca NV, fundada pela influenciadora digital Nati Vozza.
“É uma tendência bem natural e forte no setor de vestuário, que reforça a tese estrutural do banco em apostar na Arezzo. A ação é uma das nossas 10 escolhas preferidas para o mês”, disse o analista.
Confira o programa completo aqui: