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Lufthansa estuda comprar fatia da TAP, diz jornal

O governo português reafirmou em julho seus planos de privatizar a companhia aérea

Empresa portuguesa chama a atenção do mercado por suas conexões com o Brasil e forte presença na África (PATRICIA DE MELO MOREIRA/Getty Images)
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 2 de setembro de 2024 às 07h53.

O CEO da Lufthansa, Carsten Spohr, deve se reunir com autoridades do governo português nesta segunda-feira para seguir com a proposta de adquirir uma fatia da companhia aérea estatal TAP.

O jornal italiano Corriere della Sera relatou no domingo que a Lufthansa tentará comprar uma participação inicial de 19,9% na TAP. As conversas ainda estão em estágio preliminar.

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O governo português reafirmou em julho seus planos de privatizar a TAP, acrescentando que os termos da venda ainda precisam ser definidos. A administração anterior tinha como objetivo vender pelo menos 51% da companhia.

A TAP cujas dificuldades aumentaram durante a pandemia de Covid-19, foi completamente renacionalizada emergencialmente em 2020, beneficiando-se de uma injeção de recursos públicos de US$ 3,37 bilhões de (cerca de R$ 17,5 bilhões, na cotação da época), acompanhada de um plano de reestruturação negociado com a Comissão Europeia.

A Lufthansa, assim como a Air France-KLM e a IAG, empresa controladora da British Airways e da Iberia, declararam publicamente seu interesse na TAP.A maior atração da companhia aérea sediada em Lisboa está em suas ligações com o Brasil, do qual é a maior operadora europeia. Ela também mantém uma forte presença na África e opera vários voos para a América do Norte.

Spohr conseguiu recentemente autorização para a aquisição pela Lufthansa de uma participação na transportadora italiana ITA Airways. A IAG, por outro lado, desistiu de sua busca pela Air Europa em meio à oposição dos reguladores. A Air France-KLM concluiu a compra de uma participação na transportadora escandinava SAS AB na semana passada.

Lufthansa deverá devolver R$ 4 bilhões por cancelamentos de voos durante pandemia

O Departamento de Transporte (DoT) dosEstados Unidosconseguiu fazer com que três companhias aéreas, em particular o grupo alemãoLufthansa, reembolsem cerca de US$ 1 bilhão, o equivalente a aproximadamente R$ 5 bilhões, a passageiros por cancelamentos ou modificações de voos durante a pandemia de covid-19.

A Lufthansa aceitou restituir US$ 775 milhões (R$ 4 bilhões) e pagar uma multa de US$ 1,1 milhão (R$ 5,7 milhões), enquanto sua concorrente KLM pagará US$ 113,3 milhões (R$ 593 milhões) e também uma multa de US$ 1,1 milhão.

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