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Lucro da Tesla recua 48% no 1º tri, mas expectativa por carros mais acessíveis anima investidor

Ação tocou mínima do ano pouco antes da divulgação do balanço; números saíram abaixo do consenso de mercado

Elon Musk: CEO da Tesla responderá às perguntas de investidores nesta noite (Aly Song/Reuters)

Elon Musk: CEO da Tesla responderá às perguntas de investidores nesta noite (Aly Song/Reuters)

Publicado em 23 de abril de 2024 às 17h59.

Última atualização em 23 de abril de 2024 às 18h05.

O lucro da Tesla teve um recuo anual de 48% no primeiro trimestre para US$ 1,536 bilhão (US$ 0,45 por ação). Também houve piora no  Ebitda ajustado (lucro antes de juros impostos depreciação e amortização) e na receita, que tiveram respectivas quedas de 21% e 9% para US$ 3,384 bilhões e US$ 21,3 bilhões.

Os números ficaram levemente abaixo do consenso de mercado, que era de um lucro de US$ 0,48 por ação e de US$ 22,23 bilhões para a receita. Mas as primeiras reações do mercado têm sido positivas, com as ações superando 7% de alta no pós-mercado desta terça-feira, 23.

Um dos pontos que animaram os investidores foi o compromisso da Tesla em acelerar a produção de novos veículos mais acessíveis

"Atualizamos a nossa futura linha de veículos para acelerar o lançamento de novos modelos antes do início da produção previamente comunicado para o segundo semestre de 2025", afirma a Tesla em balanço. 

Ventos contrários

A necessidade de a Tesla focar em modelos mais acessíveis tem ganhado ainda mais relevância diante da crescente concorrência, especialmente com a chinesa BYD, que se tornou líder global em veículos elétricos neste ano.

A entregas de carros no primeiro trimestre teve queda de 9%, enquanto a receita automotiva da Tesla recuou 13%.

"A companhia vem sofrendo uma dura concorrência e tendo que cortar preço. Vimos agora qual é o impacto disso nos números", comenta Leonardo Otero, sócio-fundador da Arbor Capital. "É um trimestre para a empresa esquecer."

A Tesla afirmou que seu resultado foi afetado neste primeiro trimestre pela disputa de mercado com carros híbridos.

"Enquanto muitos estão recuando nos seus investimentos, nós estamos investindo no crescimento futuro – incluindo nossa infraestrutura de IA, capacidade de produção, nossa infraestrutura de Superchargers e redes de serviços, e novos produtos. O futuro não é apenas elétrico, mas também autônomo", diz a Tesla.

Investidores, agora, aguaram pela conferência com o CEO da Tesla, Elon Musk, prevista para esta noite.

Pouco antes da divulgação do balanço, as ações da Tesla chegaram a tocar o menor patamar desde janeiro de 2023, sendo negociadas a US$ 138,97 na mínima do pregão desta terça. Até o fim da sessão, os papéis da Tesla acumulavam 41,7% de queda no ano.

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