Painel de cotação da B3 (Germano Lüders/Exame)
Guilherme Guilherme
Publicado em 28 de setembro de 2022 às 10h25.
Última atualização em 28 de setembro de 2022 às 17h24.
O dia foi morno para o Ibovespa, que encerrou esta quarta-feira, 28, no zero a zero, sem conseguir acompanhar a toada de recuperação no exterior. Por aqui, pesou negativamente a proximidade do primeiro turno das eleições, que ocorre no domingo, 2. Com o pleito se aproximando, investidores preferem não correr riscos.
A principal prejudicada foi a Petrobras (PETR3/PETR4), cujas ações seguraram a alta do Ibovespa mesmo em dia de forte alta para o petróleo no mercado internacional. Investidores temem interferências na estatal após o pleito do domingo, e as ações, em reação, caíram cerca de 1%.
O ritmo insosso do Ibovespa contrastou com as fortes altas no mercado internacional, que se recuperou após turbilhão de perdas nos últimos dias. Os índices americanos S&P 500 e o Dow Jones tiveram o primeiro dia de alta em sete pregões, de olho no Reino Unido.
Por lá, os mercados têm enfrentado turbulência desde que o governo anunciou um novo pacote fiscal que alimentou as preocupações com a inflação. O movimento de aversão a risco, porém, perdeu força hoje após o Banco da Inglaterra intervir no mercado da dívida pública esta manhã, estabilizando a libra.
No Brasil, a moeda americana saltou mais de 10 centavos desde o início da semana, mas, nesta quarta, acompanhou o movimento de aversão a risco e caiu contra o real.
Na bolsa, o grande destaque do dia foram as ações da Cyrela (CYRE3), que saltaram mais de 8% após o Itaú BBA elevar a recomendação do papel para compra. O preço-alvo é de R$ 22, o que pressupõe um potencial de valorização (upside) de 37% frente ao último fechamento.
O relatório lista três principais razões (ou assimetrias positivas) para a compra de Cyrela. “Há um prêmio de risco significativo implícito na curva de juros e pouco espaço para mais deterioração do microambiente”, escreveram os analistas.
A alta também puxou para cima outro papel do setor, o da MRV (MRVE3).
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