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Ibovespa hoje: bolsa salta quase 2% com fim do ciclo de alta de juros

Banco Central manteve Selic inalterada pela primeira vez desde janeiro de 2021; cenário segue negativo no exterior, com Fed no radar

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Painel de cotações na B3 (Germano Lüders/Exame)

Painel de cotações na B3 (Germano Lüders/Exame)

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Guilherme Guilherme e Beatriz Quesada

Publicado em 22 de setembro de 2022 às, 10h35.

Última atualização em 22 de setembro de 2022 às, 17h48.

O Ibovespa encerrou esta quinta-feira, 22, em alta, destoando do exterior negativo. O principal índice da B3 avançou com investidores reagindo à decisão da última noite do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Foi a primeira vez que a taxa Selic se manteve inalterada desde janeiro de 2021, permanecendo em 13,75%.

  • Ibovespa: + 1,91%, 114.070 pontos

A decisão de manter a taxa Selic era amplamente considerada a mais provável no mercado. No entanto, ainda restavam dúvidas sobre uma possível alta residual, que levaria a Selic para 14%. O Goldman Sachs, por exemplo, atribuía 40% de chance para uma nova elevação.

Durante a reunião de dois dias houve divergências, com dois dos nove votos sendo favoráveis à elevação. No lugar de estender o aperto monetário, contudo, o Copom emitiu um comunicado duro, afirmando que não irá "hesitar" em voltar a subir juros, caso a "desinflação não transcorra como esperado". O BC também deixou claro que não irá cortar juros antes de as expectativas de inflação atingirem as metas. 

Apesar da mensagem do BC, a leitura foi de copo meio cheio – ainda mais diante de taxas de juros cada vez mais altas ao redor do mundo. Houve um reflexo forte no dólar, que caiu mais de 1% contra o real.

  • Dólar comercial: - 1,11%, a R$ 5,114

O maior otimismo no Brasil contrasta com a cautela no mercado americano, onde as bolsas estenderam as quedas da véspera, desencadeadas por novas altas de juros.

  • Dow Jones (Nova York): - 0,35%
  • S&P 500 (Nova York): - 0,84%
  • Nasdaq (Nova York): - 1,37%

Na tarde de ontem, 21, o Federal Reserve (Fed) confirmou sua terceira alta de 0,75 ponto percentual (p.p.), elevando sua taxa de juros para o intervalo entre 3% e 3,25%. Investidores, agora, esperam por uma quarta elevação de mesma magnitude para a reunião de novembro.

As quedas são ainda mais fortes nas bolsas da Europa, que fecharam ontem antes da decisão. Por lá, investidores também repercutem a decisão desta manhã do Bank of England, que endossou o coro de alta de juros dos principais bancos centrais, elevando sua taxa de 1,75% para 2,25%.

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