Ibovespa: na quarta-feira,15, o índice fechou com ganhos de 0,65%, aos 142.603 pontos (Germano Lüders/Exame)
Redação Exame
Publicado em 19 de novembro de 2025 às 10h57.
Última atualização em 19 de novembro de 2025 às 16h29.
O Ibovespa recua pela terceira sessão seguida nesta quarta-feira, 19, pressionado pela forte desvalorização do petróleo no exterior e por um ambiente de cautela nas negociações. Às 16h21, o principal índice acionário da B3 renovou sua mínima intraday ao cair 0,75% e marcar 155.345 pontos, o patamar mais baixo desde o dia 10 de novembro.
As ações ordinárias e preferencias da Petrobras (PETR3 e PETR4), de peso no Ibovespa, embora tenham diminuído as perdas ainda recuam 0,06% e 0,24%, respectivamente. O desempenho dos papéis tem por trás a queda dos preços dos contratos Brent e WTI do petróleo no mercado internacional, que cedem ao redor de 2%.
Os papéis de grandes bancos também recuam e pressionam o índice para baixo. As preferencias de Bradesco (BBDC4) e Itaú (ITUB4) caem 0,94% e 0,70% respectivamente. As ordinários do Banco do Brasil (BBAS3) registram queda de 1,23%. As units de Santander (SANB11) e BTG (BPAC11) também caem 1,23 e 1,36%.
As negociações na bolsa brasileira são afetadas por fatores externos. Na agenda do dia está a ata da última reunião do Federal Reserve (Fed), o banco central americano. Os operadores devem buscar sinais sobre o futuro da política monetária dos EUA no documento que traz detalhes do último corte de 0,25 ponto percentual, que levou os juros no país para o intervalo entre 3,75% a 4% ao ano.
O mercado aguarda ainda a divulgação do relatório oficial de emprego dos Estados Unidos, o "payroll", que será divulgado nesta quinta-feira, 20, quando a bolsa brasileira estará fechada por conta do feriado nacional do Dia da Consciência Negra.
Além desses fatos, o aguardado balanço da Nvidia, que será divulgado nesta quarta após o fechamento das negociações, adiciona incerteza para o mercado de ações.
A divulgação acontece pouco tempo depois de o SoftBank (SFTBY) liquidar sua participação e do capitalista de risco Peter Thiel vender todos os papéis da companhia. No rastro desses acontecimentos, o mercado questiona se a bolha da inteligência artificial (IA) existe.
O mercado do câmbio doméstico também é afetado pela cautela antes da ata do Fed e do resultado da Nvidia. Às 14h26, o dólar avançava 0,52% frente ao real, vendido a R$ 5,346.
Após uma sequência de quedas firmes nas últimas sessões, os principais índices de Nova York abriram em alta mesmo em meio a cautela dos investidores com a ata do Fed e o balanço do Nvidia.
Por volta das 13h, porém, o índice Dow Jones virou e opera agora em queda de 0,22%. O S&P 500, mantém a alta com avanço de 0,14%. O Nasdaq, com as gigantes de tecnologia, que chegou a subir mais de 1%, permanece no azul mas com avanço de 0,28%. Entre os destaques estão as ações da Nvidia, que sobem 1,63% antes da divulgação do balanço trimestral.
Nas bolsas asiáticas, porém, as incertezas pesaram e quase a totalidade dos principais índices fecharam em queda.
O Nikkei 225, do Japão, caiu 0,3%, seguido pelo Hang Seng, de Hong Kong, que cedeu 0,3%. O Kospi da Coreia do Sul também recuou 0,6%, assim como Taiex, Taiwan, que registrou queda de 0,7%. A exceção foi o Xangai Composto, da China, que subiu 0,2%.
Já a maior parte dos principais índices europeus conseguiram reverter as perdas das primeiras horas de negociação e encerram em alta com o gatilho positivo da desacekeração da inflação no Reino Unido, que levou os investidores a aumentarem as apostas por um corte de juros pelo Banco da Inglaterra (BoE).
O índice Stoxx 600 subiu 0,13%, seguido pelo Dax, da Alemanha, que teve alta de 0,16%, enquanto o FTSE 100, da Inglaterra, recuou 0,47% e o CAC 40, da França cedeu 0,18%.