Ouro: commodity sobe com maior demanda por ativos seguros devido à Guerra de Israel e Hamas (KTSDESIGN/SCIENCE PHOTO LIBRARY/Getty Images)
Repórter de finanças
Publicado em 9 de outubro de 2023 às 13h05.
Última atualização em 9 de outubro de 2023 às 17h39.
A Guerra de Israel e Hamas gerou uma aversão ao risco nos mercados internacionais. Na manhã desta segunda-feira, 9, as bolsas americanas e europeias abriram em queda e, no caso do mercado asiático, fechou em queda. O Brasil não ficou de fora, com o Ibovespa caindo 0,19% às 12h19, aos 113.958,41 pontos. O conflito, que teve início no sábado, 7, já deixou mais de 1.200 vítimas, entre palestinos e israelenses.
Em todo o mundo, investidores acompanham de perto os acontecimentos no Oriente Médio e, como resposta ao risco geopolítico, tentam proteger seus investimentos em ativos mais seguros, como ouro e dólar. A divisa americana, às 12h13, subia 0,13% cotada a R$ 5,169. Já o ouro com vencimento previsto para dezembro valorizava 1,15%, cotado a US$ 1.866,40 por onça-troy nesta manhã.
"Ouro sobe no dia de hoje junto com dólar. O ouro, historicamente, é um ativo que se beneficia em cenários inflacionário e em momentos de risk off", afirma Leandro Petrokas, diretor de research, mestre em finanças e sócio da Quantzed.
Além do dólar e do ouro, o preço do petróleo também reflete os impactos da Guerra. Após ter arrefecido na semana passada, a commodity chegou a saltar quase 4% nesta segunda, sendo negociada acima de US$ 87 por barril.
As regiões da Palestina e Israel não produzem petróleo, mas o mercado observa a suposta participação de Irã - este um grande produtor de petróleo - na organização dos ataques. Isso porque fontes ouvidas pelo Wall Street Journal relataram que o país teria dado suporte aos ataques. Com isso, caso o Irã sofra eventuais sanções, o petróleo pode subir mais ainda.