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Fusão Arezzo-Soma, JBS e a fraqueza do yen japonês: 3 assuntos que movem o mercado

Bolsas sobem no exterior após três dias de queda em NY; moeda do Japão ate mínima em 34 anos frente ao dólar

Arezzo: Cade aprova fusão com a Soma (Arezzo/Divulgação)

Arezzo: Cade aprova fusão com a Soma (Arezzo/Divulgação)

Publicado em 27 de março de 2024 às 08h05.

As bolsas internacionais iniciaram esta quarta-feira, 27, em alta, com os futuros americanos se recuperando de três pregões seguidos de queda. Sem grandes divulgações econômicas previstas para hoje, a grande expectativa segue para o Índice de Preço sobre Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês), previsto para esta sexta-feira, 29, feriado no Brasil. O dado é o considerado a principal métrica para a política monetária do Federal Reserve (Fed).

Cade aprova fusão Arezzo-Soma

No Brasil, as atenções estão com o noticiário corporativo. Nesta quarta, investidores deverão repercutir a aprovação sem restrições da fusão entre Arezzo e Soma pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O plano envolve a divisão por igual da companhia formada entre as duas empresas. A combinação formará uma gigante de R$ 12,7 bilhões de valor de mercado.

Joesley e Wesley retornam ao Conselho da JBS

Também há novidades na JBS (JBSS3), que anunciou na última noite o retorno dos irmãos Joesley e Wesley Batista ao Conselho da companhia. O dois estão são os controladores do negócio por meio de suas participações na J&F. A volta ocorre em meio aos planos da companhia em se listar nos Estados Unidos, onde procura uma grande aquisição para acelerar seus negócios de alimentos de maior valor agregado.

Em resultado divulgado na véspera, a companhia apresentou lucro líquido de R$ 83 milhões, 96,5% abaixo do registrado no mesmo período do ano passado. A queda de lucro foi puxada pelas operações de carne bovina nos Estados Unidos, onde os frigoríficos enfrentam um momento desfavorável do ciclo do gado.

A fraqueza do yen

Na Ásia, o yen japonês bateu mínima em 34 anos nesta madrugada frente ao dólar. A forte desvalorização ocorre mesmo após a primeira alta de juros do Japão em 17 anos, que retirou sua taxa do patamar negativo. Entre investidores, especula-se a possibilidade de o Bank of Japan intervir de alguma forma no câmbio para evitar a desvalorização da moeda em meio à luta contra a inflação, em nível historicamente elevado para o país. Parte do mercado garante que a alta de juros já era amplamente esperada e que, por isso, teve efeito limitado sobre a apreciação do câmbio. Por outro lado, a maior taxa de juro teria tirado parte da atratividade em utilizar a moeda japonesa como financiamento para trades de carrego, em que o investidor se financia em moedas com juros baixos para ficar aplicado em economias com taxas mais altas.

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