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Wesley e Joesley Batista voltam ao conselho da JBS

Controladores tinham saído do board em 2017, quando fecharam um acordo de delação premiada; maioria seguirá independente

JBS: o restante do board, cujo mandato vale até 2025, segue o mesmo (JBS/Divulgação) (JBS/Divulgação)
JBS: o restante do board, cujo mandato vale até 2025, segue o mesmo (JBS/Divulgação) (JBS/Divulgação)
Natalia Viri

Natalia Viri

26 de março de 2024 às 21:25

Os irmãos Wesley e Joesley Batista estão de volta ao conselho da JBS, seis anos após terem deixado o colegiado em meio ao acordo de delação premiada que sacudiu o Brasil.

O conselho de administração acaba de nomear os controladores da empresa de alimentos, criando duas novas cadeiras no órgão, que agora passará a ter onze membros.

O restante do board, cujo mandato vale até 2025, segue o mesmo. Serão mantidas as sete cadeiras independentes, além de José Batista Sobrinho – o Zé Mineiro, fundador e pai da dupla – e Jeremiah “Jerry” O’Callaghan, que continua como chairman.

As mudanças serão levadas à assembleia anual acionistas, prevista para o dia 26 de abril, num rito quase que formal, que já que os Batista detêm a maioria dos votos.

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“Acionistas controladores da JBS, Wesley e Joesley Batista começaram na Companhia aos 17 e 16 anos, respectivamente, e lideraram sua expansão global e sua modernização”, ressaltou a JBS em nota.

O retorno dos irmãos acontece num momento em que a JBS busca sua listagem nos Estados Unidos, como uma forma de destravar valor e reforçar sua posição como a maior empresa de proteína animal do mundo, tirando o desconto normalmente atribuído a companhias listadas em emergentes.

Numa sinalização de que os reguladores americanos não devem ter problemas com a dupla, há dois meses, Wesley e Joesley retornaram ao conselho da Pilgrim’s Pride, empresa americana de carne de frango controlada pela JBS e listada na Nasdaq.

Nos últimos anos, os irmãos Batista vêm retornando aos poucos aos fóruns e eventos da empresa e do setor. Um ponto de inflexão importante foi uma vitória obtida em outubro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que os absolveu de acusações de insider trading referentes a desdobramentos da delação.

Na ocasião, a J&F – holding dos negócios da família – disse em nota que a decisão “desfez uma injustiça”.

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Natalia Viri

Natalia Viri

Editora do EXAME IN

Jornalista com mais de 15 anos de experiência na cobertura de negócios e finanças. Passou pelas redações de Valor, Veja e Brazil Journal e foi cofundadora do Reset, um portal dedicado a ESG e à nova economia.