The seal of the US Federal Reserve Board of Governors at the William McChesney Martin Jr. Federal Reserve building in Washington, DC, US, on Sunday, Jan. 29, 2023. The Federal Reserve chair, who last week tested positive for Covid-19, still plans to hold an in-person press conference following a meeting of the rate-setting Federal Open Market Committee. Photographer: Samuel Corum/Bloomberg via Getty Images (Samuel Corum / Bloomberg/Getty Images)
Repórter de Invest
Publicado em 22 de março de 2023 às 15h03.
Última atualização em 22 de março de 2023 às 16h32.
O Fomc, comitê do Federal Reserve (Fed) responsável por decidir a taxa de juros nos Estados Unidos, elevou a taxa em 0,25 ponto percentual (p.p.) nesta quarta-feira, 22, para o intervalo entre 4,75% e 5,00%. Esta é a nona alta consecutiva de juros nos EUA.
A decisão acompanha a expectativa do mercado, que esperava uma decisão mais branda diante da crise bancária causada pela falência do Silicon Valley Bank (SVB) há duas semanas.
O Fed havia elevado as taxas de juros em 0,25 p.p. na última reunião e, antes da crise, o mercado esperava uma postura ainda mais dura nas próximas decisões com dados mostrando a inflação mais elevada que o esperado. A expectativa geral era de uma nova alta de 0,5 p.p. na decisão de março.
Porém, tudo mudou com a quebra do SVB, que chamou a atenção do mercado para os efeitos dos juros altos na economia dos Estados Unidos. Alguns analistas chegaram a esperar que o Fed paralisasse momentaneamente o ciclo de alta de olho nos rumos da economia.
O Fomc tratou do tema no texto de divulgação da decisão. “O sistema bancário dos EUA é sólido e resiliente. Acontecimentos recentes devem resultar em condições de crédito mais restritivas para famílias e empresas e pesar na atividade econômica, nas contratações e na inflação, mas a extensão desses efeitos é incerta”, afirma o documento.
A decisão reforça que o Fomc está atento ao andamento da inflação e que algum “endurecimento adicional da política monetária” pode ser apropriado para atingir a meta de inflação em 2%. O documento diz ainda que o comitê levará em conta os efeitos da política monetária no desenvolvimento econômico-financeiro do país.
Em coletiva após a decisão, o presidente do Fed, Jerome Powell, enfatizou que o sistema bancário dos EUA é sólido, reiterando o que havia sido dito no comunicado.
Ainda assim, a crise bancária recente “provavelmente resultará em condições de crédito mais rígidas para famílias e empresas, o que, por sua vez, afetaria os resultados econômicos”, disse Powell. O presidente do Fed disse que ainda é muito cedo para dizer como a política monetária deve responder à crise.
Powell falou ainda que o Fed está comprometido em restaurar a estabilidade de preços e que as autoridades estão preparadas para aumentar as taxas, se necessário.
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