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Kit Brasil? Exportadoras lideram altas do Ibovespa após dólar bater R$ 5,87

Moeda americana atingiu maior patamar desde maio do ano passado, com "efeito Lula" e risco de alterações em PEC Emergencial

 (Gary Cameron/Reuters)

(Gary Cameron/Reuters)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 9 de março de 2021 às 14h07.

Última atualização em 10 de março de 2021 às 01h17.

As ações de empresas exportadoras lideraram as altas do Ibovespa nesta terça-feira, 9, após o dólar bater 5,87 reais, renovando a máxima cotação desde maio do ano passado. Entre os principais destaques estiveram as ações de Minerva (BEEF3), BRF (BRFS3), Klabin (KLBN3) e WEG (WEGE3), que chegaram a superar 5% de alta à tarde.

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Veja a seguir as maiores altas do Ibovespa no fechamento do dia:

  • Minerva (BEEF3): +6,14%
  • BRF ON (BRFS3): +5.98
  • Suzano (SUZB3): +5,08
  • Braskem (BRKM5): +4,27%
  • Totvs (TOTS3): +4,05%

A forte valorização da moeda americana ocorreu com o aumento da percepção de risco sobre o país e as eleições de 2022, depois da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin de anular as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Também houve receios sobre possíveis alterações da PEC Emergencial em plenário da Câmara.

Desde o início da semana, o dólar acumula pouco mais de 2% frente ao real, tendo subido 1,6% somente no último pregão, quando saiu a decisão de Fachin. No mercado de futuros, a moeda americana chegou a superar 5,88 reais.

Mas, além da valorização do dólar, algumas exportadoras também se beneficiam de fatores internos. Esse é o caso dos frigoríficos, que também são impulsionados pelo resultado do quarto trimestre da Marfrig, apresentado na última noite.

No período, o lucro líquido da empresa superou as estimativas em cerca de 160 milhões de reais, fechando em 1,17 bilhão de reais.

"Continuamos otimistas com a Marfrig, pois acreditamos que seu momento operacional permanecerá sólido. A divisão América do Sul deve lucrar com o forte aumento dos volumes exportados, aliado aos elevados preços de exportação, impulsionados pela desvalorização do real", afirmam analistas do Credit Suisse em relatório.

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