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Dólar fecha abaixo de R$ 4,75; commodities limitam alta do Ibovespa

Ações de exportadoras lideram perdas diante da desvalorização da moeda americana; bolsa chega à maior sequência positiva desde junho

Painel de cotações da bolsa brasileira, a B3 (Germano Lüders/Exame)

Painel de cotações da bolsa brasileira, a B3 (Germano Lüders/Exame)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 25 de março de 2022 às 17h30.

Última atualização em 25 de março de 2022 às 18h40.

Ibovespa hoje: o dólar teve sua maior queda na semana nesta sexta-feira, 25, encerrando abaixo de R$ 4,75 pela primeira vez desde 2020. A desvalorização, a oitava consecutiva, chegou a pressionar o Ibovespa, com investidores desmontando posições em empresas exportadoras.

Dólar: - 1,75%, R$ 4,747

Ações do setor de papel e celulose, conhecidas por sua exposição à moeda estrangeira, lideram as perdas, chegando a 6%. JBS e Marfrig, com partes das produções voltadas para o exterior, caíram mais de 3%. A Vale (VALE3), com a maior participação do Ibovespa, caiu 1,73%. As petrolíferas não ficaram de fora do movimento.

Apesar das perdas de algumas das principais ações da bolsa brasileira, o Ibovespa fechou em leve alta, firmando a maior sequência positiva desde junho de 2021. Foram oito pregões seguidos de alta.

Ibovespa: + 0,02%, 119.081 pontos

A ponta positiva foi liderada pelas ações da Cogna (COGN3), que dispararam quase 20%, com investidores reagindo ao balanço do quarto trimestre, divulgado na última noite pela empresa. A empresa, dona de marcas como Anhanguera e Pitágoras, reduziu em 87,3% seu prejuízo líquido ajustado para R$ 74,945 milhões.

"A forte diminuição do prejuízo é positiva, porém, vemos a Cogna ficando para trás em relação aos seus competidores, com destaque para Yduqs, que vem ganhando market share e explorando melhor os segmentos mais premiums como o de medicina", disse em relatório Rodrigo Crespi, analista da Guide Investimentos. A Yduqs (YDUQ3) subiram mais de 9%.

Cogna (COGN3): + 19,48%
Yduqs (YDUQ3): + 9,41%

Por outro lado, a Enjoei (ENJU3), que também apresentou seu balanço na última noite, desabou 8,05%. A receita do quarto trimestre da companhia cresceu 32% para R$ 106,1 milhões, com 7% de alta no número de novos vendedores. O ritmo de novos compradores, no entanto, caiu 9,3%. No período, entraram mais vendedores do que compradores, o oposto do apresentado no mesmo período de 2020. As ações da Enjuei acumulam 73% de queda em um ano.

"A expectativa é de que os investimentos em tecnologia e marketing da Enjoei gerem novos compradores e vendedores nos próximos trimestre. Apesar do resultado fraco, a perspectiva é positiva. Esperamos uma evolução, apesar do cenário macro, que pressiona o poder de compra do consumidor final", afirmou Fernando Mollo, analista do BTG Pactual no programa Abertura de Mercado, da EXAME Invest. "É uma empresa com consumidores de alta, média e baixa renda. A inflação alta acaba pressionando, já que itens discricionários são preteridos nesse momento."

Enjoei (ENJU3): - 6,38%

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