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Copom prepara corte de juros, downgrade dos EUA, reação a balanços e o que mais move o mercado

Mercado segue divido entre a magnitude do primeiro ajuste; reunião também marca a estreia de diretores do BC indicados por Lula

Brasília (DF) 25/04/2023  Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. (CAE)  Foto Lula Marques/ Agência Brasil. (Lula Marques/Agência Brasil)

Brasília (DF) 25/04/2023 Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. (CAE) Foto Lula Marques/ Agência Brasil. (Lula Marques/Agência Brasil)

Publicado em 2 de agosto de 2023 às 07h49.

Última atualização em 2 de agosto de 2023 às 08h33.

O mercado brasileiro inicia esta quarta-feira, 2, sob grande expectativa de que o Comitê de Política Monetária (Copom) comece o ciclo de queda da taxa de juros Selic nesta noite. Embora o corte seja dado como certo por economistas, ainda há espaço para alguma surpresa na decisão de hoje.

Copom: entre o 0,25 p.p. e 0,5 p.p.

O cenário mais provável é o de corte de 0,25 ponto percentual (p.p.), com a Selic recuando de 13,75% para 13,5%. Mas parte dos investidores veem espaço para uma redução ainda maior, de 0,5 p.p. para 13,25%.

O comportamento muito mais brando da inflação brasileira do que se previa no início do ano tem contribuído para a expectativa de corte de juros. Mas, de acordo com o economista-chefe da Neo Investimentos, Luciano Sobral, dados ainda fortes da atividade econômica brasileira devem impedir um ciclo de corte de juros mais agressivo por parte do Copom. As pressões do governo, por outro lado, são por uma queda mais forte no início.

Um corte mais agressivo logo na largada poderia dar um gás extra ao mercado de ações. Mas parte do mercado tem defendido um ciclo  de corte mais longo e gradual, dado o risco de desancoragem das expectativas de inflação.

Investidores também seguem ansioso para saber a postura dos dois membros do Copom indicados pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva: Gabriel Galípolo e Ailton de Aquino Santos. Ainda que o consenso aponte para uma maioria favorável a um corte mais brando na decisão desta quinta, uma postura mais expansionista desses novos membros é esperada pelo mercado.

Downgrade dos EUA

Mesmo que o início dos cortes de juros tenha animado o mercado brasileiro, com muitos investidores com posições já formadas para a aproveitar o ciclo, ventos do exterior tendem a se mostrar contrários no pregão de hoje. Isso porque bolsas operam em firmes quedas no mercado internacional, tendo como pano de fundo o downgrade dos Estados Unidos pela agência de classificação de risco Fitch.

O rating de emissor de inadimplência dos Estados Unidos foi rebaixado pela Fitch de AAA para AA+, com perspectiva estável. A esperada deterioração fiscal para os próximos três anos e o aumento do déficit fiscal, que deve chegar a 6,3% do PIB em 2023, estiveram entre os fatores que levaram à revisão do rating. 

Reação ao balanços

Como pano de fundo das negociações ainda seguem a agenda de balanços do segundo trimestre. Investidores deverão reagir no pregão de hoje aos balanços da Vulcabras, Iguatemi, Marcopolo e Cielo, que foram divulgados na última noite. Entre os destaques, a Vulcabras expandiu seu lucro líquido em 41% no segundo trimestre. 

Principais balanços do dia

  • Taesa - após o término do pregão
  • PRIO - após o término do pregão
  • Tenda - após o término do pregão
  • CSN - após o término do pregão
  • Suzano - após o término do pregão

Que horas abre a bolsa de valores

O horário de negociação na B3 vai das 10h às 17h. A pré-abertura é entre 9h45 e 10h, enquanto o after-market ocorre entre 17h25 e 17h30. Já as negociações com o Ibovespa futuro vão das 9h às 17h55.

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