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CPI dos EUA, vendas do varejo e repercussão de reforma tributária: o que move o mercado

Novos dados da inflação americana podem fortalecer a tese de que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) está próximo de iniciar o ciclo de corte de juros

Radar: mercado aguarda novos dados da inflação americana (fotog/Getty Images)

Radar: mercado aguarda novos dados da inflação americana (fotog/Getty Images)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 11 de julho de 2024 às 08h41.

Última atualização em 11 de julho de 2024 às 08h43.

Os mercados internacionais operam mistos na manhã desta quinta-feira, 11. Nos Estados Unidos, após renovar as máximas históricas, os índices futuros de Wall Street caem, à espera de novos dados da inflação. Na Europa, as bolsas operam em alta, com investidores repercutindo a desaceleração da taxa anual de inflação da Alemanha para 2,2% em junho, o que abre o caminho para um novo corte de juros pelo Banco Central Europeu (BCE).

Na Ásia, na esteira dos ganhos em Nova York e de olho na inflação nos EUA, as bolsas fecharam em alta, com destaque para o índice Hang Seng de Hong Kong, que subiu 2,1% também impulsionado pela iniciativa do órgão regulador de valores mobiliários chinês de tornar mais rígidas as regras sobre vendas a descoberto. Por aqui, o Ibovespa futuro sobe, após o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ter vindo abaixo do esperado.

CPI dos EUA

De olho na agenda de indicadores, as atenções se voltam para a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor de junho (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos. O consenso LSEG prevê alta de 0,10% na comparação mensal e avanço de 3,1% nos últimos 12 meses encerrados em junho, o que mostraria uma desaceleração frente aos 3,3% de maio.

O indicador mede a inflação americana e, caso apresente uma redução, irá embasar a tese de que as pressões inflacionárias estão cedendo, aumentando as expectativas que o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) poderá iniciar o ciclo de corte de juros em breve. Pela manhã, a plataforma CME Group apontava que 68,1% do mercado apostavam em setembro como o primeiro corte de juros por lá.

Vendas do varejo

Por aqui, investidores aguardam a divulgação das vendas no varejo de maio. A Genial Investimentos projeta uma alta de 4,4% na comparação anual, frente aos 2,2% anteriores. Na comparação mensal, a estimativa é de uma queda de 0,5%, ante aos 0,9% de abril. Já no varejo ampliado, a casa estima um crescimento de 1,9%, em relação ao avanço de 4,9% na comparação anual, e uma queda de 0,5% frente ao recuo de 1% na comparação mensal do varejo ampliado.

Reforma Tributária

No radar político, a Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta quarta-feira, 10, o texto-base do projeto de lei complementar que regulamenta a Reforma Tributária. O parecer favorável contou com 336 votos a favor e 142 votos contrários. Eram necessários pelo menos 257 votos e o resultado mostra uma vitória forte do governo nesse processo. Agora a proposta segue para o Senado.

Entre os trechos de maior polêmica estava a inclusão ou não das carnes na cesta básica com imposto zero. Representando uma vitória para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que defendia a alíquota zerada para carne bovina e de frango, a inclusão da carne na cesta básica foi acatada. A proposta, costurada pelo relator Reginaldo Lopes (PT-MG), também isenta sal, peixes e queijos da tributação sobre o consumo.

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