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Copel Day, PEC da Transição e suas alternativas e o que mais move o mercado

Bolsas sobem no mercado internacional, com recuperação do petróleo no radar; Arábia Saudita nega intenção de aumentar oferta

 (Copel/Divulgação)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 22 de novembro de 2022 às 07h40.

Última atualização em 22 de novembro de 2022 às 07h45.

Bolsas internacionais avançam na manhã nesta terça-feira, 22, recuperando parte das perdas do dia anterior, quando o ressurgimento de mortes por covid-19 na China mantiveram investidores cautelosos sobre a atividade da segunda maior economia do mundo. O tom positivo no mercado ocidental ocorre mesmo após o governo chinês ter reafirmado sua política de covid zero nesta madrugada, o que voltou a derrubar a bolsa de Hong Kong.

Parte das altas, especialmente na Europa, tem como pano de fundo a recuperação do preço do petróleo e, consequentemente, de petrolíferas. O petróleo brent, que chegou a cair para US$ 83 na véspera, é negociado próximo de US$ 88. O que impulsiona o preço da commodity são declarações da Arábia Saudita, que negou à agência SPA que tenha a intenção de aumentar a oferta de petróleo -- rebatendo as informações do WSJ de que a OPEP+ estaria avaliando aumentos de produção de forma a compensar as restrições impostas à Rússia.

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PEC da Transição e suas alternativas

Ainda que a alta do petróleo e das bolsas internacionais possam contribuir para um pregão positivo no Brasil, nada tem feito mais preço no mercado local do que as questões fiscais do país. No centro das discussões seguem as propostas relacionados aos gastos extra-teto do novo governo e a expectativa pelo nome do novo ministro da Fazenda.

No último pregão, o Ibovespa subiu 0,81%, interrompendo a sequência de três quedas consecutivas, após a apresentação de uma nova PEC alternativa à da Transição, apresentada pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). A nova proposta deixaria R$ 80 bilhões de fora do teto de gastos, mais do que os R$ 70 bilhões da PEC protocolada pelo senador Alessandro Vieira (PSDB-SE) no fim de semana, mas bem abaixo dos R$ 200 bilhões estimados pela proposta original, da equipe de transição do novo governo.

A PEC da Transição, por sinal, deve ser debatida nesta terça entre o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e líderes da casa, segundo a Veja. As expectativas, no entanto, são de que a proposta da equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva seja desidratada de forma a reduzir seus imapactos fiscais, delimitando também um prazo de validade para os gastos extra-teto.

Copel Day

Além dos movimentos macroeconômicos, as atenções também devem estar no encontro anual da Copel com investidores, o Copel Day. O evento, que terá transmissão online, começará às 9h e será realizado justamente no dia seguinte à apresentação do plano do governo do Estado do Paraná de privatizar a companhia. As ações da Copel fecharam o último pregão em alta de mais de 22%.

Em carta enviada à empresa e divulgada na véspera ao mercado, o governador reeleito Ratinho Júnior afirmou que pretende tornar a companhia uma corporação, sem acionistas controladores. A desestatização, ainda de acordo com a carta, deve ocorrer por meio de uma oferta pública de ações na B3, com venda de uma fatia da participação do governo do Paraná na empresa. Mais detalhes sobre a operação poderão ser divulgados no encontro de hoje.

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