Bolsa de Valores de Londres, no Reino Unido (Bloomberg/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 15 de abril de 2024 às 14h06.
Última atualização em 15 de abril de 2024 às 14h20.
As bolsas da Europa fecharam mistas nesta segunda-feira, 15, em uma sessão que captou a repercussão dos desdobramentos do ataque do Irã contra Israel no fim de semana. As perspectivas de que o conflito, a principio, deverá ser contido fizeram com que grande parte das ações não operasse pressionada. Por outro lado, o petróleo recuou diante desta visão, o que teve influência em papéis do setor, que registraram importantes baixas.
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,06%, a 505,57 pontos.
No sábado, 13, o Irã lançou mais de 300 mísseis e drones contra alvos militares em Israel. A maior parte dos projéteis, no entanto, foi interceptada e os danos foram pequenos.
No domingo, 14, os dois países deram sinais de que evitarão o agravamento do conflito. O Wells Fargo continua acreditando que uma guerra regional mais ampla não é iminente.
Como resultado, o banco aponta que suas perspectivas econômicas, monetárias e do mercado financeiro globais não mudaram em resultado dos desenvolvimentos geopolíticos mais recentes. Neste cenário, as petroleiras BP (-2,19%) e Shell (-1,62%) recuaram, pressionando o FTSE 100 a uma queda de 0,45% em Londres, a 7.959 63 pontos. Em Madri, a Repsol caiu 1,61%, contribuindo na queda de 0,17%, a 6.268,88 pontos, do Ibex 35. Já o PSI 20 recuou 1,08% em Lisboa, a 6.268,88 pontos, com a Galp caindo 1,07%.
No noticiário macroeconômico, destaque para a produção industrial da zona do euro, que subiu 0,8% no confronto mensal de fevereiro, como era previsto, após cair 3% em janeiro. "Uma recuperação industrial incipiente a nível mundial é um desenvolvimento positivo que acreditamos que irá apoiar uma retomada cada vez mais ampla das ações", avalia a Capital Economics.
As surpresas na atividade apoiaram uma melhoria na dinâmica consensual dos lucros por ação nos últimos meses e são um bom presságio para a próxima temporada de relatórios empresariais, projeta a análise.
"Acreditamos que as ações são sustentadas por uma economia global resiliente e por uma melhoria das perspectivas de lucros por ação. Uma inflação mais rígida do que o esperado poderá prejudicar o sentimento dos investidores no curto prazo, mas as ações poderão conviver com rendimentos das obrigações mais elevados, desde que os dados de atividade continuem a melhorar", afirma a consultoria.
Em Paris, o CAC 40 subiu 0,43%, a 8.045,11 pontos. O DAX avançou 0,41%, a 18.003,21 pontos em Frankfurt. Em Milão, o FTSE MIB teve alta de 0,56%, a 33.954,28 pontos.