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Bolsas da Europa fecham em alta e DAX renova maior nível histórico após CPI da Alemanha

Ganhos também receberam impulso do relatório de empregos dos EUA

Bolsa de Valores de Londres, na Inglaterra (Bloomberg/Getty Images)

Bolsa de Valores de Londres, na Inglaterra (Bloomberg/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 8 de dezembro de 2023 às 14h32.

Última atualização em 8 de dezembro de 2023 às 14h38.

As bolsas da Europa fecharam em alta nesta sexta-feira, 8, e o DAX renovou maior nível histórico após queda no índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da Alemanha reforçar expectativa de manutenção nos juros do Banco Central Europeu (BCE). Os ganhos também receberam impulso do relatório de empregos (payroll) dos EUA, que consolidou expectativa de nova pausa no aperto monetário.

As bolsas europeias abriram com viés positivo nesta sexta-feira, após leitura final do CPI da Alemanha confirmar queda de 0,4% em novembro e alta de 3,2% na comparação anual, uma desaceleração em relação ao avanço de 3,8% em outubro. Neste cenário, o DAX fechou em alta de 0,78%, a 16.759,22 pontos, e encerrou sua sexta semana seguida de ganhos, conforme análise da CMC Markets.

A Bolsa de Frankfurt também renovou seu maior nível histórico, na máxima intraday a 16.782,72 pontos.

Entretanto, a Pantheon prevê que a inflação alemã deve voltar a subir em dezembro, devido a efeitos de base relacionados a movimentos dos preços de energia no ano passado.

Economista internacional da J. Safra Sarasin, Raphael Olszyna-Marzys analisa que a presidente do BCE, Christine Lagarde, deve reiterar que ainda é cedo para considerar mudanças na política monetária, apesar da desaceleração da inflação europeia em leituras recentes. "Lagarde deve argumentar que o núcleo permanece muito elevado e que mais progresso precisa ser feito em reduzir a inflação dos salários", prevê o economista.

O TD Securities compartilha visão semelhante e observa que o BCE tem "poucos motivos para se preocupar" no momento, mas não deve realizar alterações substanciais no tom das declarações durante a decisão monetária da próxima semana. Já o Rabobank nota que cortes podem acontecer mais cedo do que o projetado anteriormente, porém, não da forma como o mercado está precificando e pode exigir mensagens mais rígidas de dirigentes sobre aperto no balanço patrimonial.

Além das ponderações sobre o BCE, as bolsas europeias também ganharam fôlego com a divulgação do payroll dos Estados Unidos, nota a CMC Markets. O dado consolidou expectativa de nova manutenção nos juros do Fed na próxima decisão monetária, contudo, colocou em dúvida a precificação do mercado de cortes de juros já no primeiro semestre de 2024.

Em Londres, o FTSE 100 fechou em alta de 0,54%, a 7.554,47 pontos. No entanto, os ganhos da praça britânica foram limitados pelo tombo nas ações da Anglo American (-20,97%), depois que a mineradora reduziu orientação futura para a produção de cobre e outros metais, como previsto pelo UBS.

Entre outros mercados, em Paris, o CAC 40 avançou 1,32%, aos 7.526,55 pontos; em Milão, o FTSE MIB subiu 0,94%, aos 30.403,90 pontos; em Madri, o Ibex 35 teve alta de 0,79%, aos 10.226,20 pontos; e, em Lisboa, o PSI 20 valorizou 0,58%, aos 6.567,11. Todas as cotações são preliminares.

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