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Bolsa americana: investidores não sabem quando "festa das ações vai acabar", diz JPMorgan

Entre os grandes bancos de Wall Street, o Chase mantém a meta mais baixa para o final do ano no S&P 500

Qual será o sinal de que a alta de cinco meses nas ações dos EUA está chegando ao fim? (Scott Olson/Getty Images)

Qual será o sinal de que a alta de cinco meses nas ações dos EUA está chegando ao fim? (Scott Olson/Getty Images)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 28 de março de 2024 às 07h21.

Uma das perguntas dos investidores é: qual será o sinal de que a alta de cinco meses nas ações dos EUA está chegando ao fim?

O S&P 500 caminha para um retorno de aproximadamente 10% neste primeiro trimestre. O índice registrará seu quinto mês consecutivo de ganhos, já que os lucros corporativos continuam fortes, o entusiasmo em torno da inteligência artificial continua crescendo, a economia dos EUA continua saudável e o Federal Reserve sinaliza sua disposição de cortar as taxas de juros este ano. As informações são do Yahoo Finance.

Para Dubravko Lakos-Bujas, estrategista-chefe global de ações do JPMorgan Chase, os investidores talvez não percebam quando "a festa vai acabar".

"Muitas coisas boas já foram precificadas", disse ele num webinar. Desde os lucros e as expectativas do Fed até mesmo uma possível vitória eleitoral do ex-presidente Donald Trump, que, segundo ele, seria vista como uma ajuda para o mercado. Além disso, ele vê poucas fontes de surpresa positiva além da Nvidia e das perspectivas de inovação em IA. "Essa fonte de surpresa positiva está se tornando cada vez mais limitada e, por outro lado, há mais riscos pairando em segundo plano", disse ele.

De acordo com o estrategista do JPMorgan, essa corrida para ações mais populares normalmente é seguida por uma correção. Isso aconteceu três vezes desde a última grande crise financeira global.  Ele lembrou das quedas de 27% da Tesla e de 10% da Apple neste ano, depois de fortes valorizações em 2023, de "exemplos do que está por vir".

Entre os grandes bancos de Wall Street, o JPMorgan Chase mantém a meta mais baixa para o final do ano no S&P 500, o que implica uma queda de quase 20% em relação ao nível desta quarta-feira.

A projeção do banco sobre as ações dos EUA não se concretizou por dois anos consecutivos, já que seus principais estrategistas apostaram num crescimento em 2022 (o que não aconteceu) e em seguida mantiveram uma posição de baixa durante a alta de 24% do S&P 500 no ano passado.

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