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Boeing (BOEI34) registra queda de 72% no lucro do 2T22

Os resultados do segundo trimestre da Boeing ficaram aquém das estimativas dos analistas

Sede da Boeing (BOEI34) (Arquivo/AFP)

Sede da Boeing (BOEI34) (Arquivo/AFP)

A Boeing (BOEI34) divulgou nesta quarta-feira, 27, os resultados do segundo trimestre de 2022.

A empresa registrou lucro líquido de US$ 160 milhões, em queda de 72% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando tinha sido de US$ 567 milhões.

No semestre, a Boeing registrou prejuízo de US$ 1,02 bilhão, ante um lucro de US$ 6 milhões registrado nos primeiros seis meses de 2021.

A receita entre abril e junho foi de US$ 16,68 bilhões, queda de 2% em relação ao segundo trimestre de 2021. O mercado estava esperando uma receita de US$ 17,57 bilhões.

No semestre, a receita foi de US$ 30,67 bilhões, em queda de 4,78% em relação ao mesmo período do ano passado.

A Boeing passou a ter um fluxo de caixa operacional de US$ 81 milhões no trimestre, depois de queimar US$ 483 milhões no mesmo período do ano passado.

“Fizemos um progresso importante nos principais programas no segundo trimestre e estamos ganhando impulso em nossa recuperação”, escreveu o CEO da Boeing, Dave Calhoun.

“À medida que começamos a atingir os principais marcos, conseguimos gerar fluxo de caixa operacional positivo neste trimestre e permanecer no caminho certo para alcançar fluxo de caixa livre positivo para 2022. Embora estejamos fazendo progressos significativos, temos mais trabalho pela frente", salientou o executivo.

Resultados da Boeing (BOEI34) aquém do esperado

Os resultados do segundo trimestre da Boeing ficaram aquém das estimativas dos analistas.

A fraqueza da unidade de defesa prejudicou os resultados, mas foi parcialmente compensada pela força da unidade de aviões comerciais.

As entregas de aeronaves subiram para 121 no segundo trimestre, ante as 79 entregues no ano anterior, enquanto a receita de aeronaves comerciais subiu 3% para mais de US$ 6,2 bilhões.

O CEO da Boeing, Dave Calhoun, declarou no início deste mês que a empresa está produzindo uma média de 31 jatos 737 Max por mês.

Ele disse que a Boeing não aumentará a produção muito rapidamente por causa das dificuldades da cadeia de suprimentos e das restrições trabalhistas.

“Mesmo com a demanda alta, não vamos perseguir as taxas de produção ou empurrar nosso sistema muito rapidamente”, declarou Calhoun em uma nota divulgada nesta quarta, salientando “com segurança e qualidade na vanguarda, priorizaremos a estabilidade e a previsibilidade".

Calhoun também reiterou que a Boeing está “nos estágios finais” para retomar as entregas dos modelos 787 Dreamliners de fuselagem larga, que estão parados há mais de um ano devido a falhas de projetação e produção.

Durante a apresentação dos resultados com analistas, Calhoun disse que os resultados do segundo trimestre mostraram que a Boeing está progredindo na estabilização de suas operações depois que uma série de problemas regulatórios e de produção a impediram de entregar aeronaves comerciais no prazo e sem problemas de qualidade.

"Acreditamos que estamos no meio de uma mudança de impulso", disse o CEO da Boeing

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