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BlackRock recomenda crédito privado em meio à crise bancária

BlackRock Investment Institute prefere o crédito privado em vez de dívida pública diante da turbulência do setor bancário

BlackRock: achamos que o crédito privado pode ajudar a preencher um vazio deixado pelos bancos (Toru Hanai/Reuters)

BlackRock: achamos que o crédito privado pode ajudar a preencher um vazio deixado pelos bancos (Toru Hanai/Reuters)

Bloomberg
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Agência de notícias

Publicado em 23 de maio de 2023 às 10h02.

O BlackRock Investment Institute prefere o crédito privado em vez de dívida pública diante da turbulência do setor bancário que deixa instituições tradicionais cautelosas e abre oportunidades no mercado de financiamento.

“Achamos que o crédito privado pode ajudar a preencher um vazio deixado pelos bancos que estão recuando em alguns empréstimos e oferecer rendimentos potencialmente atraentes aos investidores”, escreveram estrategistas da BlackRock liderados por Wei Li em nota na segunda-feira, acrescentando que a preferência está em um horizonte de cinco anos ou mais.

Falência do SVB

O crédito privado tem se expandido em meio às condições de financiamento mais apertadas, após a falência do Silicon Valley Bank e a crise no Credit Suisse. Nos Estados Unidos, alguns dos maiores nomes do investimento privado, entre eles Apollo Global Management, Blackstone e Carlyle buscam ocupar espaços deixados por bancos regionais sob pressão, enquanto a oferta de crédito bancário caiu para o nível mais baixo desde 2008.

Os rendimentos dos empréstimos diretos, um subconjunto do crédito privado, subiram para o nível mais alto desde pelo menos 2016, para quase 12%, mostram os dados da BlackRock, enquanto os do crédito de alto rendimento e grau de investimento dos EUA caíram em relação às suas máximas recentes de quase 10% e 6%, respectivamente.

“Esses rendimentos mais altos podem compensar melhor os investidores pelos riscos que vemos à frente, mesmo depois de considerar a qualidade de crédito mais baixa”, escreveram os estrategistas da BlackRock. “O ambiente de juros crescentes e maior competição por depósitos pressionarão os bancos” e abrirão espaço para empréstimos não bancários e crédito privado, disseram.

O volume global de empréstimos – que representa quanto os bancos estão emprestando às empresas – mostra queda de 37% este ano, de acordo com dados compilados pela Bloomberg, após uma baixa de 13% em 2022.

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