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Remy Sharp
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O mercado de crédito privado brasileiro tem passado por uma turbulência neste início de 2023. Desde o pontapé com a fraude da Americanas em janeiro, outras grandes empresas como Light, Marisa, Petrópolis e Tok&Stok enfrentaram problemas de dívida que estão afetando diretamente o mercado de capitais.

“Estamos vendo diversas reestruturações principalmente em companhias de varejo. Isso gera uma fuga de ativos de fundos de crédito, com gestores precisando vender e rebalancear seu portfólio. Então o mercado de capitais para crédito está complexo”, afirmou Rogério Stallone, sócio de crédito corporativo e securitização do BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da EXAME), durante o BTG Summit.

Na avaliação de Stallone, a demanda de venda desses papéis somada a emissões hoje paralisadas no mercado de capitais acaba sendo absorvida pelo mercado bancário. “Vimos diversas estatísticas que o mercado de crédito continua crescendo no Brasil, mas na verdade o que tem acontecido é um rebalanceamento. São grandes empresas que deveriam estar se financiando via mercado de capitais e isso está vindo para o balanço dos bancos”, avaliou.

O executivo estima que o mercado de crédito bancário está passando por um crescimento, na esteira de um encolhimento temporário que vem sendo observado no mercado de capitais. Para que a situação volte à normalidade, seria necessária uma mudança de cenário para os juros tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.

Rafael Nery, sócio responsável pela cobertura comercial de clientes corporativos do BTG, lembrou que a falência do Silicon Valley Bank (SVB) que desencadeou o medo de uma crise bancária nos Estados Unidos trouxe seus efeitos para o Brasil. 

“[As falências bancárias nos EUA] parecem ter sido casos isolados, mas é algo que deixa o mercado de crédito mais restritivo no Brasil também. Os spreads abrem, as operações saem com mais garantias. É algo que tende a normalizar ao longo do ano”, disse.

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