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Bemobi vai de alta de 29% para queda em estreia na B3; Ultrapar cai com recomendação

Confira os principais destaques de ações desta quarta-feira

 (Divulgação/Divulgação)

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Paula Barra

Publicado em 10 de fevereiro de 2021 às 10h31.

Última atualização em 10 de fevereiro de 2021 às 18h45.

Com o Ibovespa emplacando a terceira queda seguida nesta quarta-feira, apenas 16 das 81 ações que compõem o índice fecharam em alta. Entre as baixas do dia, destaque para os papéis da Ultrapar (UGPA3), que caíram 2,79% após o Credit Suisse cortar a recomendação de compra para neutra. O preço-alvo, contudo, foi elevado de 23,00 reais para 24,00 reais, o que implica um potencial de 1,6% frente ao fechamento de ontem.

Os analistas do banco comentam que o corte ocorre por motivo de valuation, citando que as ações da companhia subiram 42% desde os resultados do terceiro trimestre e são negociadas hoje a um múltiplo de preço sobre lucro (P/L) de 21 vezes estimado para este ano, contra 15 vezes anteriormente.

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Bemobi

Em dia de estreia na B3, as ações da Bemobi (BMOB3) chegaram a disparar 29,5% nos primeiros minutos de negociação, mas perderam força e viraram para queda nesta tarde. Os papéis fecharam com queda de 2,7%, em 21,40 reais. A companhia precificou sua oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) em 22 reais por ação, na parte de cima da faixa indicativa que ia de 17,60 a 23,10 reais cada uma.

O IPO do clube de assinatura de aplicativos movimentou 1,26 bilhão de reais, sendo 1,09 bilhão de reais com a venda de novas ações na oferta primária (quando os recursos vão para o caixa da empresa) e 164,1 milhões de reais com a oferta secundária (quando os acionistas da empresa vendem suas ações).

Klabin/Suzano

As units da Klabin (KLBN11) avançaram 0,79% após a companhia reportar lucro líquido de 1,3 bilhão de reais no quarto trimestre, mais do que o dobro do resultado do mesmo período de 2019, com o maior volume de vendas, recuperação de preços e a depreciação cambial beneficiando as receitas. No mesmo setor, a Suzano (SUZB3) subiu 2,25%, em 68,20 reais, renovando sua máxima histórica de fechamento. A companhia reporta seu balanço do quarto trimestre amanhã após fechamento do mercado.

A receita líquida da Klabin somou 3,3 bilhões de reais de outubro a dezembro, crescimento de 22% na comparação ano a ano, com o mercado interno respondendo por 65%.

O resultado operacional medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado alcançou 1,3 bilhão de reais - ou 1,106 bilhão de reais se excluídos efeitos não recorrentes - em relação ao 965 milhões de reais registrados no mesmo período do ano anterior. Projeções compiladas pela Refinitv apontavam Ebitda de 1,194 bilhão de reais.

“A Klabin apresentou um conjunto decente de resultados que atendeu às expectativas”, afirma Bruno Lima, analista-chefe da Exame Research. “O negócio de papel da Klabin registrou mais um trimestre forte, mas com embarques um pouco menores. A queda foi explicada principalmente por menores volumes de papelão revestido, com as exportações caindo -25%”, diz.

O analista também ressalta o desempenho na unidade de celulose. “As obras de manutenção da Puma impactaram o resultado geral, com custos mais elevados e volumes menores.” Neste ano, porém, não deve haver parada para manutenção, com a próxima programada apenas para 2022.

Os analistas do Credit Suisse mantiveram a recomendação em neutra para Klabin, apontando que, embora a ação seja uma das mais defensivas dentro do universo de cobertura do setor de papel e celulose, grande parte do capex (investimentos em bens de capital) da empresa está relacionado com o projeto Puma II, que deve levar a uma geração de fluxo de caixa livre negativa este ano e também pressionar sua alavancagem.

Além disso, comentaram que os papéis da companhia são negociados hoje a um múltiplo de valor da firma sobre Ebitda (EV/Ebitda) de 9,2 vezes estimado para 2021, contra 8 a 8,5 vezes de sua média histórica.

Sabesp

Depois de subirem 7% ontem, as ações da Sabesp (SBSP3) tiveram dia de realização de lucros e recuaram 3,20%.

O movimento da véspera ocorreu após a Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) divulgar notas técnicas para revisão tarifária da companhia, propondo uma tarifa média de 4,84 reais  por metro cúbico.

Em relatório, os analistas da EXAME Research comentam que os números foram surpreendentemente positivos, com a base de ativos regulatórios (RAB) líquido de 54,3 bilhões de reais, 4% acima das suas estimativas.

Embora o número final ainda possa mudar, eles reforçam que a leitura inicial agradou e mantiveram recomendação de compra para as ações da companhia, acreditando que as ações ainda oferecem um retorno atrativo, mesmo após excluir qualquer lado positivo de uma possível privatização. O preço-alvo é de 60,00, o que representa um potencial de valorização de 40,67% frente ao fechamento de ontem.

TIM 

As ações da TIM (TIMS3) subiram 0,95%, após a operadora de telecomunicações informar que teve lucro líquido de 1,013 bilhão de reais no quarto trimestre de 2020, alta de 10,4% em relação aos últimos três meses do ano anterior, com melhora no resultado financeiro.

A receita líquida cresceu 2% ano a ano, para 4,678 bilhões de reais, com crescimento nos serviços móvel (+1,5%) e fixo (+8%). A receita média mensal por usuário (ARPU) avançou 7,7% no segmento móvel e 8,2% na TIM Live.

A base móvel, porém, caiu 5,5%, para 51,433 milhões de clientes, puxada pela queda de 10,2% no segmento pré-pago. A base de usuários 4G, porém, subiu 3,3%, a 40,301 milhões de clientes; e a base TIM Live subiu 14%, a 645 mil clientes.

Estreias previstas para amanhã

Para a próxima quinta-feira, 11, estão previstas as estreias na B3 das ações da loja de decoração online Westwing (WEST3) e do grupo privado de ensino superior Cruzeiro do Sul (CSED3).

A Westwing precificou sua oferta inicial de ações em 13,00 reais por ação, próximo ao teto da faixa indicativa que ia de 10,50 a 13,66 reais. A operação alcançou 1,16 bilhão de reais, e pouco mais de 35% foram para o caixa. A companhia estreia avaliada em 1,55 bilhão de reais.

Segundo a empresa, o dinheiro levantado com a oferta primária, cerca de 406 milhões de reais, será empregado no desenvolvimento da companhia, a ser divido principalmente em expansão do mercado endereçável, marketing e tecnologia.

A oferta pública inicial do Cruzeiro do Sul saiu a 14 reais por papel, abaixo da faixa indicativa que ia de 16,40 a 19,60 por ação, e movimentou 1,23 bilhão de reais.

Do montante total, 1,07 bilhão de reais correspondem à emissão de ações novas, cujos recursos irão para o caixa da companhia, que pretende usá-los para comprar rivais no setor. Os outros 160,65 milhões de reais são da venda de ações detidas por sócios da Cruzeiro do Sul, incluindo fundos geridos pela BRL Trust e pela Magnetis.

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