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Balanço da Petrobras, combustível reonerado, PMIs nos EUA e o que mais move o mercado

Estatal divulga resultado nesta noite sob expectativa de anúncio de R$ 5 bilhões em dividendos

Frentista dos postos BR (Sergio Moraes/Reuters)

Publicado em 1 de março de 2023 às 07h59.

Última atualização em 1 de março de 2023 às 08h22.

Bolsas internacionais operam em leve alta na manhã desta quarta-feira, 1, com investidores ainda avaliando de perto dados de inflação e sinalizações de banqueiros centrais sobre a continuidade do aperto monetário.

IPC na Alemanha e PMI nos EUA

Índices de ações da Europa, que caíram após números da inflação francesa e espanhola saírem acima do previsto, hoje, se recuperam. No radar de investidores europeus nesta quarta está o Índice de Preço ao Consumidor (IPC) da Alemanha, cuja expectativa do mercado é de alta de 9,2% na comparação anual.

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O mercado de futuros americano também apresenta leve recuperação, após terem fechado o último pregão em queda. A expectativa, em Wall Street, é para a divulgação de PMIs pelo ISM e S&P. Números de PMIs acima do esperado na semana passada serviram de gatilho para investidores venderem posições em ativos de risco, precificando um Federal Reserve mais duro no processo alta de juros para conter a inflação. Na última semana, índices de Wall Street tiveram o pior desempenho desde dezembro.

Desempenho dos indicadores às 8h (de Brasília):

Balanço da Petrobras

A S&P também irá divulgar os números do PMI no Brasil nesta quarta, mas, de longe, o evento mais aguardado do dia será o balanço da Petrobras. Analistas do Itaú BBA projetam alta de 27,6% no lucro líquido da companhia para R$ 40 bilhões no quarto trimestre. Mas a grande expectativa é para o anúncio de dividendos. As projeções do mercado indicam cerca de R$ 5 bilhões em distribuição aos acionistas.

Combustível reonerado

O balanço da companhia será divulgado no mesmo dia em que passa a vender combustíveis a um preço mais baixo. O barateamento, anunciado na véspera, foi promovido como forma de compensar a reoneração. Na véspera, o ministro Fernando Haddad detalhou que a volta dos impostos federais terá um impacto de R$ 0,47 no preço do litro da gasolina e de R$ 0,02 no de etanol. A solução foi definida em reunião entre Haddad, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.

A redução do preço da gasolina por parte da Petrobras foi de R$ 0,13 por litro e na de diesel, de R$ 0,08 por litro. O anúncio, ainda com o pregão aberto, pregou investidores desprevenidos, fazendo a ação da companhia, que era negociada em forte alta, virar para queda de mais de 3%.

Haddad, por outro lado, saiu vitorioso da queda de braço, garantindo os R$ 28,9 bilhões de receita com impostos sobre combustíveis já previstos para este ano. No mercado, a solução foi elogiada do ponto de vista fiscal. Mas as interferências na Petrobras preocupam. Com uma das maiores participações do Ibovespa, as ações da companhia puxaram para baixo o índice, que fechou o último pregão em queda de 0,74%.

Resultados do dia

Além da Petrobras, divulgam balanços nesta quarta a PetroRio, Gerdau, Marfrig, Vulcabras e C&A. No pregão de hoje, investidores ainda devem reagir aos resultados do Iguatemi, BRF e Suzano, apresentados na última noite.

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