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Apetite ao risco por Fed menos agressivo, Rumo e o que mais move o mercado

Expectativa de endurecimento do ritmo de alta de juros para 1 ponto percentual perde força após declarações de membros do Fed

Jerome Powell, presidente do Fed, em telão da Bolsa de Nova York (NYSE) (Michael Nagle/Bloomberg via/Getty Images)

Jerome Powell, presidente do Fed, em telão da Bolsa de Nova York (NYSE) (Michael Nagle/Bloomberg via/Getty Images)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 18 de julho de 2022 às 07h24.

Última atualização em 18 de julho de 2022 às 08h55.

Investidores internacionais dão continuidade à busca por ativos de risco nesta segunda-feira, 18, com índices de ações em alta e o dólar em queda no mundo inteiro. O movimento, iniciado no fim da última semana, tem respaldo do reajuste de expectativas para uma alta de juro menos agressiva por parte do Federal Reserve (Fed).

Dados acima do esperado para a inflação dos Estados Unidos chegaram a elevar para acima de 80% a probabilidade de o banco central americano acelerar o aperto monetário e elevar a taxa básica de juro em 1 ponto percentual (p.p.) para o intervalo de 2,5% e 2,75% na próxima reunião. Mas a expectativa de manutenção do ritmo de 0,75 p.p. para entre 2,25% e 2,50% voltou a ganhar força desde o fim da semana passada, segundo monitor do CME Group. Falas de membros do Fed tiveram contribuição na mudança de estimativas.

James Bullard, presidente do Fed de St. Louis, praticamente descartou a possibilidade de uma alta de 1 p.p. na próxima reunião em declarações recentes. Ainda que não represente todo o Fed, as palavras de Bullard têm grande peso no contexto atual, já que foi o primeiro entre os membros votantes a defender um aperto mais duro que o inicial.

As falas deram mais segurança para as apostas de uma alta de juros menos agressiva. Reverberou no mercado americano uma posição gigantesca de US$ 150 bilhões em valor nominal feita na sexta-feira, 15, contra o endurecimento do ajuste para a banda de 2,5% e 2,75. Por outro lado, a alta de 1 ponto percentual já é internalizada por parte dos grandes bancos de investimento, tendo o Citi entre eles. A decisão está prevista para quarta-feira da semana que vem.

Até lá, investidores devem seguir atentos aos balanços do segundo trimestre de empresas americanas. Entre os resultados mais aguardados do dia estão o do Goldman Sachs e Bank of America. Citi e J.P. Morgan já divulgaram seus números na semana passada. No Brasil, a Weg (WEGE3) deve ser a primeira empresa a reportar resultado, com balanço previsto para esta quarta-feira, 20, antes da abertura do pregão.

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Desempenho dos indicadores às 7h30 (de Brasília):

  • Dow Jones futuro (Nova York): + 0,88%
  • S&P 500 futuro (Nova York): + 0,99%
  • Nasdaq futuro (Nova York): + 1,18%
  • FTSE 100 (Londres): + 1,37%
  • DAX (Frankfurt): + 1,32%
  • CAC 40 (Paris): + 1,41%
  • Hang Seng (Hong Kong): + 2,70%
  • Shangai Composite (Xangai): + 1,55%
  • Nikkei 225 (Tóquio): + 0,54%

Rumo

A Rumo (RAIL3) anunciou a venda à Corretor Logística e Infraestrutura (CLI) de 80% de sua participação na Elevações Portuárias (EPSA), que controla os terminais T16 e T19 no Porto de Santos. O valor acordado foi de R$ 1,4 bilhão. Segundo fato relevante da Rumo, o negocio será viabilizado pelo aporte do fundo australiano Macquarie, que passará a compartilhar o controle da CLI com os atuais acionistas.

WEG

A WEG (WEGE3) firmou um acordo para a formação de uma joint venture com o Grupo Cevital para a fabricação na Argélia de motores elétricos para lavadoras de roupa.

A WEG terá participação de 51% na empresa, que se chamará WEG Algeria Motors SpA, enquanto o Grupo Cevital ficará com 49%. O negócio terá foco inicial no mercado argelino e do norte da África.

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