Invest

Aos 83 anos, Tupy aposta em programa de startups para acelerar inovação

Tupy oferecerá 30 mentores e parque industrial para desenvolvimento de modelos de negócio; empresa não descarta compra de participação

Tupy: startups poderão testar tecnologias em processos da empresa (Tupy/Divulgação)

Tupy: startups poderão testar tecnologias em processos da empresa (Tupy/Divulgação)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 5 de maio de 2021 às 17h36.

Como uma indústria de equipamentos pesados com 83 anos de existência busca inovar os seus negócios? Para a fabricante de produtos de ferro fundido Tupy (TUPY3), a estratégia escolhida foi lançar um programa de aceleração empresarial, o Shift-T. Serão selecionadas até seis startups.

O objetivo é identificar startups com conceitos inovadores que tenham sinergia com a Tupy. Entre os alvos estão as que tenham negócios ligados à chamada indústria 4.0, processos de transformação de energia, economia circular, digitalização de processos, rastreabilidade de dados e gestão de ativos industriais. As inscrições vão até 4 de junho.

“Nós temos muito conhecimento acumulado dentro de nossas paredes e decidimos organizá-lo, agora, de uma forma diferente”, conta Thiago Struminski, diretor financeiro da Tupy.

As startups aceitas no Shift-T receberão o acompanhamento de 30 mentores da empresa durante sete meses e, nesse período, terão a oportunidade de validarem seus modelos de negócio e tecnologias nos parques industriais da Tupy.  

“É uma via de mão-dupla, porque não só a startup vai aprender conosco, como também vamos aprender muito com as startups. É uma oportunidade de trazer visões muito diferentes dos gestores da companhia”, diz Struminski

O programa

O programa será remunerado, com os valores sendo acertados com cada startup na última das quatro etapas antes do início do plano de aceleração. “A faixa da remuneração é feita com base em quanto vai custar para fazer a prova de conceito. O foco é testar a viabilidade do produto”, diz Struminski.

Mas para chegar lá, as startups terão que convencer os avaliadores da Tupy em duas apresentações em formato de pitch e na primeira pré-seleção, que será feita a partir do conteúdo escrito no ato da inscrição.

Caso seja de interesse mútuo, após o término do programa, a Tupy poderá comprar participação nas startups, tornando-se uma das sócias por meio de sua venture capital, a Tupy Ventures. Outra possibilidade é a startup se tornar fornecedora da Tupy após o período de desenvolvimento.

Acompanhe tudo sobre:InovaçãoStartupsTupyVenture capital

Mais de Invest

Apple se aproxima de marca histórica de US$ 4 trilhões em valor de mercado

Novos negócios e viagens: os gastos de quem ganha mais de US$ 100 mil por ano

Onde investir em 2025: Wall Street aponta os 4 setores mais lucrativos

Procon abre novo procedimento de fiscalização contra a Enel por falta de energia em SP