Demissões no Spotify, alta do Bitcoin e entrada de estrangeiros: 3 assuntos que movem o mercado
Bolsas recuam após rali que levou S&P 500 ao maior patamar do ano; bolsa brasileira recebeu mais de R$ 20 bilhões de capital externo em novembro
Repórter
Publicado em 4 de dezembro de 2023 às 08h49.
Última atualização em 4 de dezembro de 2023 às 08h56.
Bolsas internacionais recuam na manhã desta segunda-feira, 4. em realização de lucros após o otimismo por cortes de juros nos Estados Unidos ter levado o S&P 500, principal índice americano de ações, ao maior nível do ano. A tese de que o Federal Reserve inicie o afrouxamento monetário ainda no primeiro trimestre tem ganhado força entre grandes investidores, como Bill Ackman.
Entrada de estrangeiros na bolsa
A expectativa de cortes de juros mais cedo nos Estados Unidos tem aumentado a busca por ativos mais arriscados, como investimentos em países emergentes. O Brasil esteve esteve entre os mais beneficiados, com o Ibovespa subindo 12,54% em novembro. A alta foi puxada especialmente pela entrada de estrangeiros, que colocaram cerca de R$ 21 bilhões na bolsa brasileira em novembro, mês de maior entrada de capital externo do ano. O dólar, que especialistas esperam que fecha o ano a R$ 5, encerrou o último pregão abaixo de R$ 4,90.
O maior apetite ao risco motivado pela esperança de juros mais baixos nos Estados Unidos também se reflete no mercado de criptomoedas. Nesta segunda, o Bitcoin sobe cerca de 3% frente ao dólar, chegando a superar a marca de US$ 42.000. O patamar é o mais alto em vinte meses. A criptomoeda, que sofreu fortes quedas diante da alta de juros dos Estados Unidos, já acumula mais de 150% de valorização.
Bitcoin em alta
Parte dos especialistas em criptoativos, inclusive, ainda acredita que há espaço para a moeda não só voltar à casa dos US$ 50.000, como atingir novas máximas nos próximos meses, tendo no radar o 'halving' previsto previsto para o ano que vem. A partir do evento, como é tratado no mercado de cripto, o ritmo de emissões de novos Bitcoins cai pela metade, reduzindo a oferta no mercado.
Demissões no Spotify
Enquanto no mercado financeiro investidores já precificam dias melhores, na economia real, o momento segue de desafios. No Spotify, oCEO Daniel Ek anunciou um programa de layoff para dispensar 17% dos trabalhadores da companhia. O objetivo, afirmou, é a redução de custos. De acordo com fontes da CNBC, cerca de 1.500 funcionários deverão ser mandados embora pela companhia. As ações do Spotify sobem pouco mais de 1% no pré-mercado. Os papéis acumulam alta de 120% no ano.
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