Sabesp: companhia de saneamento de SP recebeu sinal verde para privatização (Sabesp/Divulgação)
Repórter de Invest
Publicado em 7 de dezembro de 2023 às 11h24.
Última atualização em 7 de dezembro de 2023 às 16h01.
As ações da Sabesp (SBSP3), a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, operam em queda nesta quinta-feira, 7, um dia após a aprovação do projeto que pretende privatizar a companhia. Por volta das 15h, os papéis da companhia são negociados em baixa de 1,77%.
Na véspera, a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou a privatização com 62 voto, mais do que o quórum mínimo necessário, de 48 votos. Com a aprovação, o texto segue para sanção do governador Tarcísio de Freitas.
Ao fim do processo, o Estado ficará autorizado a negociar sua participação acionária na empresa e a vender o controle operacional para a iniciativa privada. Atualmente o governo de São Paulo tem um fatia de 50,3% da Sabesp – o restante do capital já é negociado em bolsa, tanto na B3 quanto na bolsa americana NYSE.
O movimento era amplamente esperado pelo mercado, tanto que as ações da Sabesp acumulam uma alta próxima de 20% no ano. E esse ajuste de perspectivas pode ser a razão por trás da queda de hoje, segundo a corretora Ativa Investimentos.
“Acreditamos que as ações devam repercutir de forma mais moderada o ocorrido dado o movimento de precificação que vem ocorrendo com o papel nos últimos meses”, informou a corretora em nota.
Apesar da queda de hoje, os analistas projetam uma nova disparada da ação conforme os planos de privatização vão saindo do papel.
“Ainda sendo negociado próximo á 0,7x EV/Rab, enxergamos muito espaço para que o papel consolide a sua valorização caso a sua privatização de fato seja executada ao longo dos próximos meses”, disseram os analistas, em nota.
Um dos principais passos para a privatização é a negociação com os 375 municípios atendidos pela Sabesp, que tem até março para decidir se continuam ou não sendo atendidos pela companhia.
Os holofotes devem ficar com o município de São Paulo, que representa 55% do faturamento da Sabesp: a proposta precisará ser validada pela Câmara dos Vereadores da capital paulista.
Simultaneamente, o governo estadual deve ir a mercado para contratar os bancos que irão coordenar a oferta de ações. As estimativas da Ativa é que o processo ocorra até o final do primeiro trimestre de 2024.
O texto, que agora segue para sanção do Executivo, prevê:
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