Ações da Petrobras estão “exageradamente” baratas, afirma Ibiuna
Segundo gestora, que aumentou posição em ações da empresa, preço não reflete a realidade
Guilherme Guilherme
Publicado em 14 de junho de 2021 às 16h20.
Última atualização em 14 de junho de 2021 às 16h50.
A tradicional gestora de investimentos Ibiuna aumentou sua posição em ações da Petrobras (PETR3/PETR3), após o resultado do primeiro trimestre e declarações da nova direção, assumida pelo general da reserva Joaquim Silva e Luna.
No último relatório de gestão, referente ao cenário esperado para junho, a Ibiuna reforçou o otimismo com o papel. “As ações continuam exageradamente descontadas”, afirma no relatório de um de seus fundos de ações, o Ibiuna Equities 30 FIC FIA.
De acordo com a gestora, que vinha “monitorando de perto a troca de presidentes”, o patamar das ações da Petrobras “não precifica corretamente a situação atual e as perspectivas futuras da empresa”.
Em fevereiro deste ano, as ações da Petrobras acumularam queda de mais de 25% em dois pregões, com a saída do então presidente Roberto Castello Branco, tendo como ponto central a discussão sobre a política de preços de paridade internacional. Silva e Luna se comprometeu a cumpri-la, mas ainda há desconfiança por parte de investidores.
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Desde que tocou o menor patamar do ano, no início de março, as ações da Petrobras já subiram quase 40%, sendo 12,4% de meados de maio para cá. Em relação ao início do ano, porém, os papéis estão praticamente estáveis, embora o petróleo brent (usado como referência na política de preços da companhia) acumule alta de 40% no período.
A performance da estatal é bem diferente do registrado por outra empresa de commodities, a Vale (VALE3), que desde o início do ano subiu 30%. Apesar da forte valorização, a Ibiúna não vê mais espaço para um grande potencial de alta, reduzindo “fortemente” a posição em ações da mineradora.