Paulo Rogerio Caffarelli | Foto: Paulo Whitaker/ Reuters (Paulo Whitaker/Reuters)
Da Redação
Publicado em 20 de maio de 2021 às 09h01.
Última atualização em 20 de maio de 2021 às 11h29.
A Cielo (CIEL3) informou na última noite que o então presidente da empresa Paulo Caffarelli renunciou ao cargo, que será assumido pelo então vice-presidente de finanças e diretor de relações com investidores Gustavo Henrique Santos de Sousa.
Para Bruno Lima, analista-chefe da Exame Invest Pro, a troca repentina deve aumentar as dúvidas do mercado sobre a companhia. “A saída de um presidente, ainda mais após pouco tempo na cadeira, nunca é algo positivo”, disse na Abertura de Mercado desta quinta-feira, 20.
Lima, porém, ressalta que a troca pode ser parte de um movimento mais do que aparenta ser. “A saída pode ser até positiva, já que a Cielo tem uma discussão societária que precisa ser resolvida.”
Segundo o analista, a saída de Caffarelli, que já foi presidente do Banco do Brasil, poderia abrir espaço para o Bradesco tomar as rédeas do negócio.
De tempos em tempos, a venda da participação do Banco do Brasil é especulada. Mas, em fevereiro deste ano, o banco negou haver qualquer decisão nesse sentido.
Na bolsa, as ações da Cielo acumulam queda de 86% em 5 anos, com o aumento da concorrência no mercado de adquirência pressionando os resultados da empresa. Seus papéis fecharam o último pregão cotadas a 3,90 reais.
Na Abertura de Mercado, Otto Sparenberg, analista técnico do BTG Pactual Digital, disse que o preço da ação teria que ultrapassar a barreira dos 4,30 reais para a tendência de queda ser revertida.