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A reação do mercado ao debate entre Kamala e Trump

Bolsas na Ásia e índices futuros nos EUA caem após confronto. Preocupações também surgiram sobre os juros no Japão e a demanda por petróleo

Nikkei apresentou perdas pelo oitavo dia seguido ((Photo by Kazuhiro NOGI / AFP))

Nikkei apresentou perdas pelo oitavo dia seguido ((Photo by Kazuhiro NOGI / AFP))

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 11 de setembro de 2024 às 06h44.

Última atualização em 11 de setembro de 2024 às 08h47.

Os índices futuros nos EUA amanheceram em baixa nesta quarta-feira após o debate entre Donald Trump e Kamala Harris. O S&P 500 tinha baixa de 0,23%, o Dow perdia 0,32% e o Nasdaq, - 0,27%. O encontro entre os dois candidatos pode ter sido o único desta eleição, já que ainda não houve acordo para outro debate. O pleito para a disputa pela Casa Branca está marcado para 5 de novembro.

Na Ásia, o índice Nikkei liderou as perdas na região, com queda de 1,49% - para seu oitavo dia consecutivo de perdas. O índice Kospi da Coreia do Sul caiu 0,4%. Já o S&P/ASX 200 da Austrália fechou 0,3% abaixo, Em Hong Kong, a bolsa local caiu 0,65% na última hora de negociação, e o CSI 300 foi negociado 0,3% abaixo.

Os investidores na Ásia analisaram dados econômicos do Japão e da Coreia do Sul. Seul relatou que o desemprego caiu para 2,4% em agosto, o menor nível desde 1999, quando a série de dados começou, de acordo com a Statistics Korea.

Já a Reuters Tankan, que mede o humor do empresariado no Japão, mostrou que a confiança dos empresários locais chegou ao nível mais baixo desde fevereiro. Ainda assim, o iene avançou para seu nível mais forte em relação ao dólar desde dezembro, eliminando suas perdas do ano, depois que o membro do Banco do Japão, Junko Nakagawa, disse que o órgão continuará a ajustar o grau de flexibilização dos juros. A maioria dos economistas esperava que o BC esperasse até dezembro ou janeiro antes de aumentar as taxas novamente - a decisão dos juros deve vir já na próxima semana.

Preocupações e petróleo

As preocupações com a desaceleração do crescimento nas principais economias mundiais ressurgiram com o petróleo sendo negociado abaixo de US$ 70 e os rendimentos dos títulos globais recuando para uma baixa de dois anos nesta semana. A atenção dos investidores está no índice de preços ao consumidor dos EUA, que deve ser divulgado mais tarde nesta quarta-feira — e deve mostrar outro mês de aumentos moderados — e na reunião do Fed na próxima semana. A expectativa é para um corte nos juros na ordem de 0,5%.

O petróleo bruto West Texas Intermediate se recuperou na quarta-feira após despencar até 5% em sua sessão anterior. O petróleo bruto caiu quase 20% até agora neste trimestre devido a preocupações de que a desaceleração do crescimento nos EUA e na China, os principais consumidores, reduzirá a demanda pela commodity.

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