Repórter
Publicado em 2 de maio de 2024 às 16h06.
Última atualização em 7 de maio de 2024 às 11h04.
Na CES 2024, o celebrado evento de tecnologia que ocorreu em Las Vegas em janeiro, a IA estava no centro das conversas e propostas das empresas.
Por lá, surgiu o Rabbit R1, um pequeno dispositivo de mão, com metade do tamanho de um smartphone, vendido como um assistente de inteligência artificial superinteligente e extremamente útil, feito para ser levado no bolso.
A ideia era executar quase todas as funções de um telefone, mas de forma muito mais rápida e interativa por voz, além de fazer a leitura do mundo ao redor por meio de uma câmera. Com tal marketing, 100 mil pessoas fizeram pré-encomendas e aguardaram para ter seu assistente pessoal do futuro.
O produto chegou, mas não da forma como se esperava. O dispositivo, que custa US$ 199, em testes compartilhados nas redes sociais se mostrou confuso na identificação de objetos e alimentos.
Também não entendia comandos que seriam simples para uma bem menos complexa Alexa, como pausar ou ajustar o volume autonomamente. A integração com aplicativos essenciais como Uber e Spotify também falhou, sem conseguir realizar as funções prometidas.
Por fim, investigações de desenvolvedores e entusiastas indicam que o Rabbit R1 estaria utilizando o mesmo sistema Android de smartphones e um aplicativo para funcionar.
Um desenvolvedor chegou a rodar o sistema em um smartphone, mostrando que não há nada de mais em seu hardware.
O cenário reacendeu discussões sobre a necessidade da existência do aparelho, em vez do lançamento de um app para celulares, especialmente diante do estado inacabado do 'dispositivo mais mentiroso do ano'.