Inteligência Artificial

Guerra dos chips: Nvidia emerge como vencedora na corrida da IA, diz ex-CEO do Google

Eric Schmidt aponta que grandes empresas de tecnologia estão investindo bilhões em centros de dados baseados na Nvidia, consolidando a liderança da empresa no setor

Para ex-CEO do Google, a Nvidia tem aproveitado bem o momento da inteligência artificial para se expandir. (Jonathan Raa/NurPhoto/Getty Images)

Para ex-CEO do Google, a Nvidia tem aproveitado bem o momento da inteligência artificial para se expandir. (Jonathan Raa/NurPhoto/Getty Images)

Fernando Olivieri
Fernando Olivieri

Redator na Exame

Publicado em 16 de agosto de 2024 às 06h55.

Última atualização em 16 de agosto de 2024 às 08h43.

Em uma recente palestra na Universidade de Stanford, Eric Schmidt, ex-CEO do Google, destacou a Nvidia como a principal vencedora da crescente demanda por inteligência artificial (IA). Schmidt revelou que grandes empresas de tecnologia estão se preparando para realizar investimentos bilionários em centros de dados de IA baseados nos chips da Nvidia, com valores estimados entre US$ 20 bilhões (R$ 110 bilhões) e US$ 100 bilhões (R$ 550 bilhões) por empresa. As informações são da CNBC.

Schmidt, que ocupou a posição de CEO do Google de 2001 a 2011 e continuou no conselho da empresa até 2019, discutiu como a Nvidia tem se beneficiado do boom da IA, especialmente após a explosão da IA generativa no final de 2022. Em um vídeo publicado por Stanford, Schmidt destacou o crescimento contínuo da Nvidia, que viu sua receita aumentar mais de 200% durante três trimestres consecutivos, impulsionada pela alta demanda por seus chips de IA.

Mercado está em rápida expansão

O mercado de chips de IA, dominado pela Nvidia, está em rápida expansão, e Schmidt sugeriu que a empresa se beneficiará enormemente do aumento dos investimentos em infraestrutura de IA. Ele também mencionou os esforços de outras empresas, como o Google, que está desenvolvendo os Tensor Processing Units (TPUs) para competir nesse espaço. No entanto, esses chips ainda estão em estágios iniciais, deixando a Nvidia em uma posição privilegiada.

Durante sua fala, Schmidt observou que a capacidade das grandes empresas de investir pesadamente em chips da Nvidia e em centros de dados de IA pode criar uma lacuna tecnológica significativa em relação às empresas menores. Ele indicou que o mercado está cada vez mais concentrado nas mãos de algumas grandes corporações que têm os recursos necessários para acompanhar o ritmo da inovação.

Schmidt também comentou sobre a Meta, que já adquiriu cerca de 600 mil GPUs da Nvidia para sustentar o desenvolvimento de seus modelos de IA. O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, afirmou que os próximos modelos de IA da empresa exigirão uma capacidade computacional ainda maior, o que aponta para uma demanda crescente por chips da Nvidia no futuro.

Outro destaque foi a parceria entre Microsoft e OpenAI, que Schmidt inicialmente questionou, mas que agora ele reconhece como um movimento estratégico que pode tornar a Microsoft uma das empresas mais valiosas do mundo. A parceria resultou na construção de um centro de dados de IA, batizado de "Stargate", com um investimento de R$ 546 bilhões (US$ 100 bilhões).

Schmidt concluiu sua análise destacando a liderança contínua da Nvidia no setor de IA, devido em grande parte à sua linguagem de programação CUDA, que é amplamente utilizada em ferramentas de código aberto por desenvolvedores de IA. Ele também mencionou que a AMD, uma das concorrentes da Nvidia, ainda enfrenta dificuldades com seu software de tradução de código CUDA, o que mantém a Nvidia na vanguarda do mercado de IA.

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