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Vendas da FTX devem prejudicar criptomoedas pelo resto de 2023, aponta relatório

Após falência, corretora de criptomoedas pretende iniciar venda de ativos ao longo dos próximos meses, o que pode desvalorizar diferentes criptos

FTX declarou falência nos Estados Unidos em novembro de 2022 (Reuters/Reuters)

FTX declarou falência nos Estados Unidos em novembro de 2022 (Reuters/Reuters)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 12 de setembro de 2023 às 15h10.

A venda de ativos pela corretora falida FTX deve prejudicar o mercado de criptomoedas pelo resto de 2023, de acordo com a empresa de análise de investimentos Matriport. Ao todo, a exchange conta com US$ 3,4 bilhões em ativos, que poderão ser vendidos ao longo dos próximos meses.

Em relatório, a Matrixport avalia que a venda deve prejudicar em especial as chamadas altcoins, um grupo de criptomoedas que exclui o bitcoin. A empresa avalia que a FTX deverá vender cerca de US$ 200 milhões em ativos por semana, em um movimento que deve acabar só no fim deste ano.

Entre os ativos que deverão ser mais prejudicados pela venda, a Matrixport destacou a Solana, a ApeCoin e o AXS, token do jogo Axie Infinity. Apesar do limite de vendas mensal reduzir o impacto no mercado, o relatório aponta que a FTX não deve ser a única empresa a se desfazer de ativos.

Os fundos de capital de risco que investem no mercado de criptomoedas "também enfrentam uma pressão imensa para gerar lucros para os seus investidores. Esses fundos provavelmente vão continuar atuando como vendedores de ativos e deverão se desfazer de investimentos", destaca a Matrixport.

A ApeCoin, por exemplo, deverá realizar um desbloqueio de tokens no dia 17 de setembro, permitindo que fundos e investidores realizem lucros e vendam suas aquisições. O total que será desbloqueado equivale a 11% de toda a oferta do ativo. Em 17 de agosto, uma liberação de 4,2% da oferta resultou em uma queda de preço de 24%.

Outro desbloqueio de ativos será realizado pela Axie Infinity no dia 20 de outubro, com uma liberação de 11% do total de unidades da criptomoeda. Na última liberação, em 22 de julho, o AXS registrou uma queda de 32%, em um movimento que pode se repetir, segundo o relatório da Matrixport.

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FTX e Solana

No momento, a FTX busca permissão dos tribunais norte-americanos para realizar a venda e uma audiência está marcada para a próxima quarta-feira, 13. O argumento da empresa falida é que a venda a ajudaria a proteger os ativos dos riscos da volatilidade das criptomoedas.

Do montante, a maior parte está em Solana (SOL), uma das criptomoedas mais apoiadas por Sam Bankman-Fried, o cofundador da FTX. Com mais de US$ 1,1 bilhão em SOL prestes a serem vendidos, investidores já começaram a se desfazer se suas participações e o ativo despencou 9,5% na última semana, de acordo com dados do CoinMarketCap.

Em segundo lugar vem o bitcoin, maior criptomoeda do mundo em valor de mercado. A FTX possui cerca de US$ 500 milhões no ativo. Já o ether, segunda maior do mundo, representa U$ 192 milhões alocados nos cofres da corretora falida. Entretanto, a robustez das duas criptos, com capitalizações maiores, deve protegê-las de quedas significativas.

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