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Polygon anuncia mudanças em criptomoeda e promete "terceira geração" de ativos digitais

Blockchain pretende atualizar criptoativo para ter um "token hiperprodutivo", com uma nova dinâmica para validadores em sua rede

Polygon poderá passar por atualizações para aumentar escalabilidade (Reprodução/Reprodução)

Polygon poderá passar por atualizações para aumentar escalabilidade (Reprodução/Reprodução)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 13 de julho de 2023 às 11h55.

A Polygon Labs, responsável pelo blockchain Polygon, anunciou nesta quinta-feira, 13, uma proposta para mudar o funcionamento da criptomoeda nativa da rede, o matic, que passaria a se chamar POL. De acordo com os desenvolvedores, a mudança faz parte dos planos para lançar uma nova versão do projeto.

Em um post no Twitter, a Polygon Labs descreveu o POL como a "próxima geração de tokens nativos [de blockchains], desenvolvido para trazer segurança, alinhamento e crescimento para o ecossistema da Polygon". A ideia é que a nova criptomoeda seja uma "melhoria técnica" do matic.

A proposta ainda vai ser analisada e precisar ser aprovada pela maioria dos membros da comunidade da rede, com a posse de matic sendo o critério para a votação. Caso ela seja aprovada, haverá no futuro uma conversão automática de 1 para 1 entre o matic e o POL, garantindo que a rede "não terá nunca dois tokens nativos".

No anúncio, a Polygon Labs ainda criticou outras criptomoedas. Ela destacou que o bitcoin, "apesar de ser importante e um sucesso", seria um "token improdutivo" pensando em utilidade para seu blockchain: "seus detentores não podem participar do protocolo e serem recompensados ​​por isso".

Já o ether, cripto nativa do blockchain Ethereum, foi descrito como um "token produtivo", cujos detentores podem se tornar validadores de movimentações no blockchain e obter recompensas em ether. Entretanto, a Polygon promete que sua nova criptomoeda será a terceira geração dos ativos nativos de blockchain.

Ela é descrita como um "token hiperprodutivo". "Seus detentores vão poder se tornar validadores e receber recompensas, mas com duas grandes melhorias: os validadores vão poder validar diferentes redes e as redes poderão oferecer diferentes papéis, e recompensas correspondentes, para os validadores", promete a empresa.

A Polygon Labs afirma ainda que o POL vai trazer mais segurança para a rede ao aumentar a descentralização do seu grupo de validadores, além de suportar um "crescimento exponencial" do blockchain e uma "eventual adoção em massa".

Atualização da Polygon

No início de julho, a Polygon Labs revelou os detalhes para a "Polygon 2.0", que promete ser uma grande atualização do blockchain para aumentar sua velocidade e a escalabilidade. A equipe sugeriu que a nova versão deverá ser composta de quatro diferentes "camadas" que se combinariam para criar uma teia de redes conectadas entre si

Se aprovada pelos validadores, a proposta da Polygon 2.0 também apresentará um agregador que tornará as transações para outros blockchains "quase instantâneas e atômicas", disse a equipe. "Estamos entusiasmados em propor a arquitetura Polygon 2.0, projetada para fornecer escalabilidade ilimitada e liquidez unificada, transformando assim o Polygon na Camada de Valor da Internet", declarou a Polygon Labs.

A base do projeto será a "camada de staking" que já existe atualmente. Ele incluiria um contrato de "gerente de validador" na Ethereum, além de um contrato adicional de "gerente de cadeia" para cada cadeia individual no blockchain. No futuro, novas cadeias da Polygon poderão ser formadas lançando novos contratos de gerente de cadeia na Ethereum.

Conectando-se a esta camada de staking fundamental, haverá uma "camada de interoperabilidade" que teria pontes conectando cada cadeia da Polygon a outra, através da Ethereum. Esta camada será protegida usando provas de conhecimento zero para validar todas as transferências que ocorram no blockchain.

A camada de interoperabilidade também apresentará um agregador que combina provas individuais de conhecimento zero de cada ponte em uma única informação para validação antes de enviá-la à Ethereum. Isso permitirá transações de ponte "sem costura" e "reduzirá dramaticamente o consumo de gás na Ethereum para verificação", afirmou a equipe.

A terceira camada da Polygon 2.0 será a atual camada de execução, que depende do cliente Ethereum Erigon, e a quarta camada será uma "camada de prova" que padroniza o processo de prova de conhecimento zero em todas as cadeias da Polygon. A equipe anunciou que mais detalhes sobre cada camada serão fornecidos em uma data futura.

A Polygon não é a única rede blockchain tentando se expandir em um ecossistema multichain. A zkSync Era anunciou que pretende criar uma rede de "Hyperchains", que espera lançar em uma fase de testes até o final do ano. O Optimism também está tentando criar uma "Superchain" em cooperação com a rede Base, da Coinbase, e recentemente implementou sua atualização "Bedrock" para pavimentar o caminho para essa transformação.

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