Morgan Stanley quer oferecer serviços com criptomoedas "de forma segura", diz CEO
Ted Pick falou sobre potencial de criptoativos para o sistema financeiro e destacou alta liquidez no mercado com governo Trump
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Repórter do Future of Money
Publicado em 28 de janeiro de 2025 às 16h38.
Ted Pick, CEO do Morgan Stanley , afirmou que o gigante do sistema bancário mundial está interessado em oferecer serviços com criptomoedas para seus clientes, mas "de forma segura". Ele destacou que o banco pretende dialogar com os reguladores dos Estados Unidos para que esse envolvimento com o setor se torne possível.
Pick falou sobre o tema durante uma entrevista para o canal CNBC. Ele explicou que o banco buscará trabalhar com os reguladores para avaliar se é possível entrar no mercado de criptomoedas e quais seriam as ações possíveis dentro do quadro regulatório do país.
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"Para nós, a equação realmente gira em torno de como nós, enquanto uma instituição financeira altamente regulada, poderíamos atuar como agentes" no ecossistema cripto, afirmou Pick.
Ele disse ainda que o banco vai trabalhar com o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos e outros reguladores para avaliar como atuar no setor "da forma mais segura possível", mas indicou que o Morgan Stanley está interessado nesse mercado em ascensão.
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Em 2021, o banco foi o primeiro entre os maiores dos Estados Unidos a dar acesso aos seus maiores clientes a fundos de investimento em bitcoin. No ano passado, ele também autorizou que seus assessores de investimento possam recomendar aplicações em ETFs de bitcoin lançados nos EUA.
Para Pick, é preciso avaliar o grau atual de maturidade do segmento de criptomoedas e quais projetos têm sido capazes de atingir um público mais amplo. "O tempo é amigo de cripto, quanto mais tempo elas existirem no mercado, a percepção sobre elas se torna a realidade".
As falas de Pick ocorreram durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. Durante a mais recente edição do evento, outros CEOs de gigantes do mercado também mostraram interesse em cripto, incluindo o Goldman Sachs e o Bank of America.
O movimento ocorre após o início da presidência de Donald Trump nos Estados Unidos. O político sinalizou que pretende adotar uma série de medidas favoráveis ao setor e mudar a regulação para facilitar a entrada de bancos no mercado cripto, avançando na questão em uma de suas ordens executivas.