Future of Money

Mineradores podem trocar bitcoin por inteligência artificial após halving; entenda

Evento, um dos mais importantes para a criptomoeda, torna mineração menos lucrativa e pode afastar mineradores para outros setores

Bitcoin teve novo halving no dia 19 de abril (Reprodução/Reprodução)

Bitcoin teve novo halving no dia 19 de abril (Reprodução/Reprodução)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 22 de abril de 2024 às 14h02.

O novo halving do bitcoin que ocorreu na última sexta-feira, 19, pode fazer com que os mineradores da criptomoeda abandonem a atividade e migrem para o setor de inteligência artificial. É o que afirma a empresa de análise CoinShares em um novo relatório divulgado na semana passada.

No documento, a empresa destaca que algumas das principais companhias que atuam como mineradoras de bitcoin já possuem operações na área de inteligência artificial e estão obtendo parte das suas receitas com o segmento. É o caso da BitDigital, da Hive e da Hut 8.

Outras, como a Tera Wulf e a Core Scientific, informaram recentemente que pretendem expandir suas operações no setor de inteligência artificial. Ao mesmo tempo, o halving é um evento que costuma reduzir as receitas dos mineradores ao cortar pela metade a recompensa padrão por bloco minerado.

Para James Butterfill, analista da CoinShares, o movimento das mineradoras sugere que "a mineração de bitcoin pode se deslocar cada vez mais para locais com fornecimento ocioso de energia, enquanto o investimento em inteligência artificial cresce em locais com fornecimento de energia mais estável".

A CoinShares destaca que os custos da mineração de bitcoin vão subir "substancialmente", já que os mineradores vão concorrer mais por blocos com taxas adicionais maiores pagas por usuários como forma de compensar a redução pela metade na taxa fixa de recompensa.

Uma das principais fontes de custo para essas operações deverá ser o custo de energia, que será mais demandada para aumentar a eficiência dos mineradores e seus equipamentos. Segundo a CoinShares, esse custo pode dobrar nos próximos meses, mesmo com esforços para otimizar os equipamentos usados.

  • Uma nova era da economia digital está acontecendo bem diante dos seus olhos. Não perca tempo nem fique para trás: abra sua conta na Mynt e invista com o apoio de especialistas e com curadoria dos melhores criptoativos para você investir.  

Por outro lado, a alta demanda e interesse em torno da inteligência artificial pode acabar atraindo essas empresas, que estarão em busca de fontes mais simples ou com mais potencial de receita que a mineração. A Hut 8, por exemplo, já oferece um serviço de fornecimento de poder computacional para dar escalabilidade a projetos com uso de IA.

Já a Data Scientific anunciou em março que vai oferecer um serviço de infraestrutura de data center para projetos de inteligência artificial. E outra mineradora, a Bit Digital, já se define como uma "plataforma de infraestrutura digital focada em sustentabilidade para ativos digitais e inteligência artificial".

Nesse cenário, a CoinShares espera que o bitcoin tenha uma redução no poder computacional total usado para operações de mineração no médio prazo, conforme operações menos lucrativas e ineficientes são encerradas.

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube Telegram | TikTok

Acompanhe tudo sobre:BitcoinInteligência artificialMineração de bitcoin

Mais de Future of Money

Stablecoins: o dólar digital sem fronteiras?

ETFs de cripto: entendendo a tese de investimento em ativos digitais para 2025

Fundador do LinkedIn diz que bitcoin valerá US$ 200 mil em 2025 e que investiu no ativo em 2013

"Drex é o início da tokenização do sistema bancário", diz Campos Neto em despedida do BC