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JPMorgan: banco não vê mercado de criptomoedas em ciclo de queda (Mike Kemp/Getty Images)
Editor do Future of Money
Publicado em 10 de dezembro de 2025 às 11h34.
O JPMorgan divulgou um relatório nesta quarta-feira, 10, em que afirma que o mercado de criptomoedas não entrou em um ciclo de queda, popularmente conhecido como "bear market". Para os analistas do banco, a desvalorização intensa recente do bitcoin e outros ativos não representa um movimento que se estenderá pelos próximos meses.
No relatório, o JPMorgan reconhece que as quedas recentes nas últimas semanas intensificaram um sentimento de medo entre investidores. Entretanto, o banco acredita que não houve uma alteração estrutural no mercado que levaria o setor para um ciclo de queda.
Os analistas descartam um "inverno cripto" no momento, mas também não minimizaram as perdas recentes. "Apesar de nós não anteciparmos um fim para o atual ciclo de alta, nós reconhecemos que a queda de novembro foi significativa", ressaltaram.
O bitcoin chegou a cair mais de 30% e devolver todos os ganhos registrados no ano, caindo até os US$ 80 mil antes de recuperar parte das perdas. O tombo do ativo repercutiu em todo o mercado de criptomoedas, derrubando diversos tokens no mesmo período.
A avaliação do JPMorgan é que os preços no mercado cripto estavam "inflados desde a eleição presidencial nos Estados Unidos em 2024". A queda, portanto, reflete um movimento de correção, realização de lucros e readequação de expectativas por parte dos investidores.
O banco também reconheceu a "resiliência" de alguns segmentos do mercado, com destaque para as stablecoins, criptomoedas pareadas a outros ativos. Mesmo com a queda recente do setor, as stablecoins conseguiram expandir seu volume movimentado pelo 17º mês seguido em novembro.
"De modo geral, temos dificuldade em ver essas recentes retrações do mercado como emblemáticas de uma degradação estrutural mais ampla dentro do ecossistema cripto e, portanto, continuamos otimistas em relação a esse setor", afirmaram os analistas do JPMorgan.
O novo relatório do banco não trouxe projeções de preço para o bitcoin e outras criptomoedas, mas o banco disse recentemente que não descarta que o bitcoin chegue aos US$ 170 mil em 2026, indicando um espaço potencial de valorização nos próximos meses.
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