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JPMorgan: crescimento na oferta de stablecoins não resulta em maior fatia de mercado

Relatório aponta que criptomoedas pareadas ao dólar são as com maior crescimento nos últimos meses

Stablecoins têm ganhado espaço no mercado (Reprodução/Reprodução)

Stablecoins têm ganhado espaço no mercado (Reprodução/Reprodução)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 15 de agosto de 2024 às 16h23.

Última atualização em 15 de agosto de 2024 às 18h19.

O JPMorgan afirmou em um relatório divulgado nesta semana que as stablecoinscriptomoedas pareadas a outros ativos — têm registrado um crescimento de oferta disponível nos últimos meses, mas que essa alta não tem resultado em expansões na sua fatia dentro do mercado cripto.

Os dados trazidos pelo banco indicam que o crescimento de oferta ocorre principalmente entre as stablecoins pareadas ao dólar. Entretanto, os analistas rejeitam a hipótese de que esses ativos poderiam estar ocupando um espaço que pertencia antes a outras moedas digitais no mercado.

Na visão do JPMorgan, o aumento da oferta reflete justamente um crescimento mais amplo de toda a capitalização de mercado das criptomoedas, e não um movimento específico do segmento, que teve "pouca mudança na sua fatia de mercado dentro do mundo dos ativos digitais".

No momento, a capitalização total das stablecoins está na casa dos US$ 165 bilhões, próxima da máxima atingida em 2022, de US$ 180 bilhões, pouco antes do colapso do ecossistema Terra/Luna. Para o JPMorgan, essa recuperação de capitalização envolve uma série de motivos.

O principal é a forte valorização do bitcoin e, em menor intensidade, do ether em 2024, o que beneficia as stablecoins porque elas "servem como colaterais nas transações com criptomoedas e em operações de empréstimo". Além disso, o lançamento dos ETFs de bitcoin tem incentivado o uso das stablecoins como "porta de entrada" para o mercado cripto.

Segundo o JPMorgan, as criptomoedas pareadas a outros ativos têm visto uma demanda institucional crescente. Houve, ainda, o lançamento de novos projetos ao longo deste ano, incluindo a USDe, que também ajudaram a atrair mais investidores e capital.

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Por fim, o banco vê uma crescente clareza regulatória em torno das criptomoedas e, mais, especificamente, das stablecoins, com a regulação na União Europeia sendo citada como um exemplo da capacidade da regulação para "atrair investidores para o mundo das stablecoins".

No momento, o mercado de stablecoins ainda é dominado pela USDT, da Tether, que é pareada ao dólar e possui uma capitalização correspondente a quase 70% de todo o segmento. A segunda maior stablecoin é a USDC, ligada à corretora de criptomoedas Coinbase.

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