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"Guru dos investimentos", Jim Rogers diz que bitcoin "não é ameaça para governos"

Com patrimônio de mais de R$ 1,5 bilhão, Rogers ficou conhecido por divulgar comentários sobre investimentos para o público

Jim Rogers é um dos mais conhecidos comentaristas do mercado financeiro (Keith Bedford/Reuters)

Jim Rogers é um dos mais conhecidos comentaristas do mercado financeiro (Keith Bedford/Reuters)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 6 de fevereiro de 2024 às 09h30.

Jim Rogers, conhecido por ser um "guru" do mundo dos investimentos, afirmou recentemente que o bitcoin "não é uma ameaça" para os governos ao redor do mundo. Ao mesmo tempo, ele não acredita que o ativo ou outras criptomoedas vão ser efetivamente usadas para substituir as atuais moedas fiduciárias.

Durante sua entrevista para o canal de YouTube Kitco News, Rogers foi perguntado sobre sua visão em relação ao potencial das criptomoedas para substituir moedas tradicionais, como o dólar. Na visão do investidor, os ativos digitais já possuem uma função comercial e de investimento.

Entretanto, eles ainda não são uma "ameaça direta" às moedas fiduciárias. Ele disse ainda que "se o bitcoin se tornar uma ameaça para os governos, eles provavelmente farão alguma coisa [contra ele], mas até agora ele não é essa ameaça".

Ao menos no futuro próximo, Rogers não acredita em uma substituição das moedas fiduciárias pelas criptomoedas. O investidor - que possui um patrimônio de mais de US$ 300 milhões - ressaltou ainda que os criptoativos têm demonstrado um alto crescimento nos últimos anos.

Para o investidor, a adoção por El Salvador do bitcoin como moeda legal representa um "caso isolado". "Não vejo as criptomoedas se tornando um dinheiro oficial, porque os governos não querem ter essa competição. O bitcoin está sendo mais aceito, mas não como moeda legítima, exceto talvez em El Salvador".

"Mas El Salvador tem só seis milhões de pessoas. Não é algo que vai mudar o mundo", argumentou. Ao mesmo tempo, Rogers vê mais potencial nas chamadas moedas digitais de bancos centrais, as CBDCs. Na prática, as CBDCs unem a tecnologia por trás das criptomoedas com as moedas fiduciárias.

Rogers espera que as CBDCs ganhem terreno nos próximos anos, conforme mais e mais governos exploram as possíveis vantagens e custos que a adoção dessa opção traria. Como potenciais problemas, ele destacou riscos de privacidade e vigilância maior por parte dos governos.

Mesmo assim, o investidor disse que espera "que eventualmente as moedas estarão no computador. É muito mais eficiente, é mais barato, é melhor para muitas pessoas e para os governos".

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