(Reprodução/Reprodução)
Redação Exame
Publicado em 16 de maio de 2023 às 15h57.
Um investidor anônimo foi impossibilitado de sacar lucros avaliados em R$ 70 milhões com as criptomoedas-meme que tem movimentado o mercado no momento. No entanto, a quantia de encher os olhos nunca chegará a ser embolsada, já que o seu endereço em blockchain foi banido pelos desenvolvedores dos projetos.
Segundo dados do blockchain, o investidor comprou 2,5 trilhões de unidades da PEPE, criptomoeda inspirada em um meme de sapo que deu o que falar nas últimas semanas por uma valorização surpreendente. A compra, feita em 14 de abril, custou apenas R$ 120. 30 dias depois, as criptomoedas valem cerca de R$ 20,5 milhões.
Mas o valor jamais chegará aos bolsos do investidor, que foi banido pelos desenvolvedores da criptomoeda logo após a compra. Isso faz com que ele não possa vendê-las e, assim, realizar o lucro a partir da valorização do ativo, que multiplicou o investimento em 170.800 vezes.
3) The blacklisted address purchased $PEPE within a couple hours of the Uniswap pair being launched. They were blacklisted by the PEPE deployed 8 minutes after purchasing the tokens.
Purchase txn: https://t.co/MRpDcquO9v
— cygaar (@0xCygaar) May 5, 2023
“O endereço bloqueado comprou PEPE algumas horas após o lançamento do par na Uniswap. Ele foi colocado na lista de banimento pelo criador da PEPE 8 minutos após a compra dos tokens. Nenhum outro endereço foi colocado na lista”, disse um engenheiro de software chamado Cygaar no Twitter.
Além do prejuízo em PEPE, o investidor também foi banido pelos desenvolvedores da criptomoeda LADYS, que ficou famosa após o bilionário Elon Musk postar uma referência a ela em seu Twitter.
O lucro do investidor anônimo em LADYS foi ainda maior do que em PEPE. Ele é o terceiro maior investidor da criptomoeda-meme, com lucros de cerca de R$ 49 milhões.
Banimentos e a inclusão em listas de restrição são ferramentas utilizadas pelos desenvolvedores de determinado projeto para evitar a violação de diretrizes e leis, entre elas o financiamento do terrorismo, lavagem de dinheiro, golpes, fraudes e ligação com hackers, entre outros usos ilícitos de criptomoedas. Devido à natureza aberta do blockchain, todos podem ver quais carteiras estão ligadas à ações do gênero.
Ainda não se sabe o motivo do banimento da carteira deste investidor em questão, mas usuários especulam a possibilidade de ligação com bots que analisam dados do blockchain em tempo real para trapacear outros investidores. No entanto, nada foi confirmado até o momento.
Além disso, existia um valor mínimo e máximo de tokens que um endereço poderia ter de PEPE, uma ferramenta para evitar que investidores tivessem uma parcela muito grande da distribuição. No caso, o investidor em questão é a 15ª maior carteira da criptomoeda-meme. No entanto, segundo Cygaar, nenhum outro endereço foi banido.
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