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Hackers da Coreia do Norte roubaram mais de R$ 15 bilhões em criptomoedas desde 2017

Investigação da ONU aponta que, apenas em 2023, 17 roubos de ativos digitais podem ter sido realizados por grupo norte-coreano

Lazarus Group é um grupo de hackers da Coreia do Norte (narvikk/Getty Images)

Lazarus Group é um grupo de hackers da Coreia do Norte (narvikk/Getty Images)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 21 de março de 2024 às 14h00.

Última atualização em 21 de março de 2024 às 14h10.

Uma investigação realizada pelo Conselho de Segurança da ONU aponta que roubos de criptomoedas por organizações ligadas à Coreia do Norte desviaram mais de US$ 3 bilhões (R$ 15 bilhões, na cotação atual) entre 2017 e 2023. Apenas no ano passado, 17 golpes podem ter sido realizados por grupos norte-coreanos.

O painel da ONU responsável pela investigação aponta que, em 2023, mais de US$ 750 milhões em ativos digitais foram roubados em golpes potencialmente organizados por grupos norte-coreanos. Entre 2017 e 2023, foram identificados 58 ataques suspeitos.

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O relatório da ONU aponta ainda que as ações desses grupos de hackers têm sido importantes para gerar um fluxo de entrada de moeda estrangeira na Coreia do Norte. No mesmo período analisado, cerca de 50% de todo o capital estrangeiro que entrou no país teve origem em ataques cibernéticos.

A investigação aponta ainda que os valores roubados nessas ações estão sendo usados para financiar programas de desenvolvimento de armas na Coreia do Norte. O país é criticado principalmente pelo seu programa de criação de armas nucleares, que segue em andamento.

Na visão da ONU, a Coreia do Norte seria o "ladrão cibernético mais produtivo do mundo" e que o país reconheceu o potencial de explorar ataques no mercado de criptomoedas como uma forma de burlar as sanções estabelecidas por diversos países, incluindo os Estados Unidos.

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Apesar de não ser citado no relatório, outros estudos apontam que os hackers norte-coreanos atuam principalmente por meio do Lazarus Group. Dados de setembro de 2023 apontam que o grupo detinha naquele momento cerca de US$ 47 milhões em ativos digitais, incluindo US$ 42,5 milhões em bitcoin, US$ 1,9 milhão em ether, US$ 1,1 milhão em BNB e mais US$ 640 mil em stablecoins pareadas ao dólar, principalmente em BUSD.

Já o FBI apontou em agosto do ano passado que, além do Lazarus Group, o APT38 também é uma organização de hackers ligada à Coreia do Norte. As autoridades dos Estados Unidos identificaram pelo menos seis carteiras digitais que estão sendo usadas no momento pelos dois grupos para guardar as criptomoedas roubadas.

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