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JPMorgan, Bank of America: conheça os grandes bancos mais amigáveis para criptomoedas

Estudo avaliou quais instituições bancárias entre as 50 maiores do mundo possuem algum tipo de ligação com o mercado cripto

Grandes bancos têm se aproximado cada vez mais da tecnologia blockchain (Reprodução/Reprodução)

Grandes bancos têm se aproximado cada vez mais da tecnologia blockchain (Reprodução/Reprodução)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 26 de julho de 2023 às 17h10.

Última atualização em 26 de julho de 2023 às 17h52.

Um estudo divulgado na última terça-feira, 25, pela plataforma CoinGecko, revelou quais são as instituições financeiras mais amigáveis com o setor de criptomoedas entre os 50 maiores bancos do mundo, considerando o total de ativos sob gestão (AUM, na sigla em inglês). Apesar de a maioria dos bancos ter sido considerada amigável para o setor, apenas um entre os cincos maiores entrou nesse grupo.

O levantamento do CoinGecko destacou que, em 2023, esse grupo de 50 maiores bancos reúne um total de US$ 89,37 trilhões de ativos sob gestão. Juntos, os Estados Unidos e a China somam 19 bancos na lista, sendo que os quatro maiores bancos chineses correspondem a 20% do total de ativos sob gestão.

O estudo mostrou que 37 desses 50 bancos, ou 74% do total, adotam atualmente uma postura aberta para o setor. Para avaliar essa questão, o principal critério usado foi conexão com alguma corretora ou empresa de criptomoedas licenciada, o que permite a "transação entre essas empresas e bancos tradicionais".

Um dos principais destaques do levantamento é que os quatro maiores bancos do mundo em AUM foram considerados como "não amigáveis". O grupo é formado apenas por instituições chinesas, respectivamente o ICBC, o China Construction Bank, o Agricultural Bank of China e o Bank of China.

Já em relação às instituições americanas, o cenário é bem diferente. O JPMorgan, quinto maior banco do mundo em ativos sob gestão, foi considerado como amigável para o setor, assim como o Bank of America. Eles possuem, respectivamente, US$ 4,9 trilhões e US$ 4,1 trilhões sob gestão atualmente.

Entre os bancos que também foram considerados como amigáveis estão o Mitsubishi Financial Group, o HSBC, o BNP Paribas, o Citigroup e o Crédit Agricole. Este último obteve recentemente a uma licença na França para a oferta de custódia de criptomoedas.

Também compõem a lista instituições como o Sumitomo Mitsui, o Mizuho Financial Group, o Wells Fargo, o Banco Santander, o Barclays, o UBS, o Deutsche Bank, o Goldman Sachs e o Morgan Stanley. O levantamento mostra que, cada vez mais, as instituições financeiras tradicionais estão abrindo canais e conexões com o mundo cripto.

Já na lista de bancos não amigáveis estão também o Postal Savings Bank of China, o Bank of Communications, o China Merchants Bank, o Industrial Bank, o China Citic Bank, o Shanghai Development Bank e o China Everbright Bank. A predominância de instituições chinesas na lista reflete a própria postura do governo do país, contrária às criptomoedas. Entretanto, o CoinGecko afirma que ainda há chances de uma reversão nessa posição.

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Blockchain e bancos

Além das conexões com corretoras de criptomoedas, em geral com a permissão para aberturas de contas ou como pontes para conversões de cripto em moedas fiduciárias, outro segmento de destaque na relação dos bancos com cripto é a área de adoção da tecnologia blockchain para projetos próprios.

"A tecnologia blockchain ainda está firmemente no escopo dos grandes bancos. Clientes institucionais conseguiram obter exposição a criptomoedas nativamente por alguns anos em vários bancos", destacou o relatório, citando exemplos de instituições como o JPMorgan — que possui uma criptomoeda própria —, o Sociéte Générale, que lançou uma stablecoin pareada ao euro, e o Goldman Sachs, que possui uma mesa de negociação de criptoativos.

Apesar de terem ficado de fora da lista pelo critério de AUM, os bancos tradicionais brasileiros também têm se aproximado cada vez mais do mercado cripto. O BTG Pactual, por exemplo, já realizou ações de tokenização, possui uma corretora de criptomoedas, a Mynt, e lançou uma stablecoin própria pareada ao dólar.

Outros bancos, como o Itaú, também lançaram suas divisões voltadas para ativos digitais. Já o Inter e o Nubank oferecem algumas criptomoedas para investimento. Diversas instituições também fazem parte do projeto do Real Digital, uma versão do real em uma rede blockchain.

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