Ether pode ser próximo "queridinho" dos investidores institucionais, diz gestora de R$ 3 trilhões
Bernstein afirma em relatório que SEC deverá aprovar lançamento de ETFs da criptomoeda nos Estados Unidos
Redação Exame
Publicado em 19 de fevereiro de 2024 às 11h46.
O Bernstein, que possui cerca de R$ 3 trilhões em ativos sob gestão, afirmou em um relatório divulgado nesta segunda-feira, 19, que o ether tem potencial para se tornar a próxima "queridinha" dos investidores institucionais nos próximos meses. O motivo envolve o lançamento de ETFs da criptomoeda .
Na visão dos analistas da gestora, a tendência é que o ether "provavelmente seja o único outro ativo digital que ganhará a aprovação da SEC para ter um ETF de preço à vista". Atualmente, apenas o bitcoin possui ETFs do tipo nos Estados Unidos, aprovados em 10 de janeiro.
Segundo o relatório, o Bernstein estima em 50% a chance de aprovação dos ETFs de ether até maio deste ano, mas dá como "quase certa" a aprovação nos próximos 12 meses. Atualmente, a SEC avalia solicitações de grandes gestoras, incluindo a BlackRock .
O interesse de "diversas empresas tradicionais" do mercado é destacado pelo Bernstein como um fator que tende a impulsionar a criptomoeda no médio prazo. A BlackRock tem mais de R$ 45 trilhões em ativos sob gestão, enquanto a Fidelity - que também entrou com um pedido de ETF - possui cerca de R$ 20 trilhões.
"A Ethereum, com sua dinâmica de staking de rendimentos, design ecologicamente correto e utilidade institucional para construir novos mercados financeiros, está bem posicionada para a adoção institucional convencional", avaliam os analistas do Bernstein.
Um dos destaques em torno do projeto é a possibilidade de depositar parte dos ganhos dos ETFs no próprio blockchain, obtendo uma renda mensal, prática conhecida como staking. Para os analistas, isso tende a criar "ETFs únicos" no mercado, ajudando a atrair investidores.
Além disso, o relatório aponta que o interesse das instituições vai além da criptomoeda e envolve o próprio blockchain Ethereum, que pode ajudar a "construir mercados financeiros mais transparentes e abertamente tokenizados" tendo a rede como base, expandindo a utilidade do projeto.
Outro destaque dos analistas é a previsão para a implementação da atualização Dencun em março deste ano. A expectativa é que a atualização reduza os custos de transações na rede em "50% a 90%, o que pode tornar o projeto ainda mais atrativo para investidores e usuários.
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