Tokenização e impacto do Drex em empregos são temas do 3º dia do Especial: Real Digital
Drex é destaque de novo evento gratuito e online promovido pela EXAME com representantes do mercado e reguladores
Redação Exame
Publicado em 8 de novembro de 2023 às 11h36.
Última atualização em 8 de novembro de 2023 às 16h27.
O "Especial: Real Digital" continua nesta quarta-feira, 8, com dois painéis focados nas oportunidades de emprego e carreira que o Drex pode gerar, assim como o potencial do projeto do Banco Central de impulsionar a tokenização no Brasil, mudando dinâmicas já tradicionais do mercado. O evento promovido pela EXAME é gratuito e 100% online.
O painel Tokenização e novos veículos de investimento: o Drex no mercado de capitais contou com a participação de José Alexandre Freitas, CEO da Oliveira Trust, e Nathaly Diniz, head de Tokens e Regulação da Foxbit. A mediação foi realizada por João Pedro Malar, jornalista do Future of Money.
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Já o painel Emprego e carreira no Drex: como sair na frente, contou com a participação de Carolina Sansão, diretora de Inovação da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), e Fabrício Tota, diretor de Novos Negócios do Mercado Bitcoin. A mediação foi realizada por Júlia Pedroso, head de Talent Acquisition do BTG Pactual.
O terceiro dia do evento contou ainda com uma entrevista exclusiva com Fabio Araujo , coordenador do Drex no Banco Central, e com o Banco do Brasil e com a corretora de criptomoedas Foxbit , abordando os possíveis impactos do projeto no mercado.
Tokenização e o mercado de capitais
O primeiro painel do terceiro dia do Especial: Real Digital teve como foco a tokenização de ativos - processo de registro de diferentes ativos do mundo real em redes blockchain. A prática, que tem potencial de mudar o mercado de capitais mundial, tende a ser incentivada pelo lançamento do Drex, de acordo com especialistas.
Nathaly Diniz, head de Tokens e Regulação da Foxbit, destaca que"a gente percebe que no mercado, nos últimos anos, o tema de tokenização de ativos ele caiu no gosto das pessoas, dos players, porque eu acho que especialmente existe uma visão sobre a tecnologia blockchain e sobre o potencial que essa tecnologia tem de romper com alguns mecanismos e processos e eliminar eventualmente intermediários, fornecer um ganho de eficiência".
"Acho que é crescente a adoção dessa tecnologia por conta desse ganho de eficiência nos processos dinamização e todas os outros atributos que a tecnologia tem, de proporcionar transparência, proporcionar segurança. Outro atributo também da rede blockchain é a imutabilidade, então todas essas características próprias do blockchain do que ele é capaz de fornecer foram vislumbradas pelo mercado", comenta.
Já José Alexandre Freitas, CEO da Oliveira Trust, vê a tokenização como "uma terceira via desse processo de
securitização pro mercado". Ele avalia que essa prática vai "permitir que diversas outras empresas acessem o mercado com tickets menores e com taxas de capitação bem mais baratas, o que vai permitir um universo de investidores muito maior".
"O mercado começou [a tokenização] com títulos mais simples, mais tradicionais", pontua. Entretanto, ele diz que a tendência é de uma expansão dessas operações, englobando uma gama ampla de ativos atualmente existentes no mercado. "A velocidade é 20, 30 vezes mais rápida do que o mercado tradicional", ressalta.
Assista ao painel completo:
Emprego e carreira no Drex
O segundo painel do terceiro dia do Especial: Real Digital falou sobre as novas oportunidades de emprego e carreira que o Drex pode gerar no mercado ao longo dos próximos anos, antes mesmo do seu lançamento oficial para a população. Além disso, as áreas mais impactadas e exigências novas que poderão surgir foram abordadas por especialistas.
Carolina Sansão, diretora de Inovação da Febraban, destacou que "os bancos investem todos os anos aproximadamente R$ 45 bilhões em tecnologia, essa é estimativa para esse ano de 2023, e 10% desses investimentos são direcionados à área de segurança cibernética. Ao mesmo tempo, 69% desses bancos informaram que, nesse ano de 2023, a tendência é aumentar em 19% os quadros internos de tecnologia entre algumas áreas que são requisitadas pelos bancos".
Entre as profissões mais demandadas pelas instituições financeiras atualmente, ela cita os cargos de "desenvolvedores de software, cientistas de dados, especialistas em metodologias ágeis, engenheiros de dados e especialistas em segurança da informação". Sansão comenta ainda que o Drex enquanto tendência tecnológica vai entrar no radar de contratações e investimentos de bancos.
Já Fabricio Tota, diretor de Novos Negócios do Mercado Bitcoin, lembra que "tecnologias cripto e blockchain demanda uma mão de obra que a gente realmente precisa formar, não é uma coisa que tem pronto. Acho que globalmente existe essa essa demanda, isso vem crescendo muito e aqui no Brasil não é diferente".
Sobre os temas para qualificação, Tota explica que o segmento envolve "muitas tecnologias, não é algo que é totalmente consagrado que é mega óbvio o que ele vai ter que estudar, como ele vai ter que se qualificar para poder ter aderência ao que o mercado pede. Ainda tem alguma incerteza, mas a gente entende que é um mercado que
vai acabar se desenvolvendo conforme as empresas vão dando os indicativos".
Assista ao painel completo:
Este conteúdo é parte do "Especial: Real Digital", que tem apoio da Mynt e patrocínio de Aarin Tech-Fin e Febraban. Para saber mais e acompanhar todos os conteúdos exclusivos com quem mais entender de Drex no Brasil, acesse a página do evento na EXAMEclicando aqui.