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Drex: Banco Central começa segunda fase do piloto com testes de casos de uso

Banco Central definiu 13 possíveis usos do Drex que começarão a ser testados "nas próximas semanas" por empresas do mercado financeiro

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 25 de setembro de 2024 às 16h21.

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O Banco Central anunciou na última segunda-feira, 23, que deu início oficialmente à segunda fase de testes do piloto do Drex. A ideia é que a nova etapa tenha como foco o desenvolvimento de possíveis casos de uso para a versão digital do real, com 13 propostas aprovadas que serão trabalhadas por diferentes empresas do mercado financeiro.

Em um comunicado, o Banco Central explicou que "nesta segunda fase, serão testadas a implementação de serviços financeiros, disponibilizados por meio de contratos inteligentes, criados e geridos por terceiros participantes da plataforma". Os contratos inteligentes são elementos centrais do funcionamento de blockchains, capazes de executar ações de forma automática.

Fabio Araújo, coordenador do Drex, explicou que, agora, o BC vai "avaliar os diferentes casos de uso, sempre levando em conta os requerimentos de privacidade exigidos pela legislação em vigor. Também iremos testar o uso de ativos não regulados pelo BC. Para isso, estamos trabalhando em conjunto com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM)".

"Outros reguladores também demonstraram interesse em testes de operações com ativos de sua competência, de modo a ampliar a usabilidade da plataforma", comentou Araújo, sem dar detalhes sobre quem seriam esses reguladores. Até o momento, a CVM vai ajudar na supervisão de dois dos 13 casos de uso escolhidos.

O Banco Central também revelou que os testes deverão ter início "nas próximas semanas", indicando um possível início de trabalhos ainda no mês de outubro. A expectativa é que a segunda fase do piloto do Drex se estenda pelos próximos meses, terminando no primeiro semestre de 2025.

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Os testes ocorrerão "em ambiente específico para cada um, onde reguladores e participantes poderão discutir a melhor estratégia de implementação e a governança dos novos serviços, além de avaliar a interação das soluções de privacidade disponíveis com a implementação do tema proposto".

Casos de uso do Drex

Confira os casos de uso escolhidos para testes e os consórcios envolvidos:

  • Cessão de recebível: ABC e Inter;
  • Crédito colateralizado em CDB: BB, Bradesco e Itaú;
  • Crédito colateralizado em títulos públicos: ABBC, ABC e MB;
  • Financiamento de operações de comércio internacional (Trade Finance): Inter;
  • Otimização do mercado de câmbio: XP-Visa e NuBank;
  • Piscina de liquidez para negociação de títulos públicos: ABC, Inter e MB;
  • Transações com Cédulas de Crédito Bancário: ABBC;
  • Transações com ativos do agronegócio: TecBan, MB e XP-Visa;
  • Transações com ativos em redes públicas: MB;
  • Transações com automóveis: B3, BV e Santander;
  • Transações com créditos e descarbonização - CBIO: Santander;
  • Transações com debêntures: B3, BTG e Santander;
  • Transações com imóveis: BB, Caixa e SFCoop

O Banco Central também confirmou que vai abrir o piloto para mais candidaturas de empresas e consórcios interessadas em participar no desenvolvimento do Drex. Segundo a autarquia, as propostas serão recebidas e aprovadas ainda em 2024, com os selecionados precisando implementar contratos inteligentes na rede do Drex até o fim do primeiro semestre de 2025.

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