Future of Money

Criador da Ethereum critica moedas digitais de bancos centrais: ‘estão indo na direção errada’

Moedas digitais de bancos centrais como Drex, eNaira e Yuan Digital não estão se desenvolvendo como Vitalik Buterin esperava; descubra as razões

 (Bloomberg/Getty Images)

(Bloomberg/Getty Images)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 25 de setembro de 2023 às 18h09.

Para Vitalik Buterin, criador da segunda maior criptomoeda do mundo, as moedas digitais de bancos centrais (CBDCs, na sigla em inglês), estão “se movendo na direção errada”, correndo o risco de não trazerem as vantagens necessárias para o sistema financeiro atual.

Durante uma entrevista para a CNBC, Vitalik Buterin disse que já esteve mais otimista em relação às CBDCs no passado, mas mudou de opinião porque elas não estão sendo desenvolvidas pelos bancos centrais da maneira como ele esperava.

  • Uma nova era da economia digital está acontecendo bem diante dos seus olhos. Não perca tempo nem fique para trás: abra sua conta na Mynt e invista com o apoio de especialistas e com curadoria dos melhores criptoativos para você investir.  

“O setor [de CBDCs] é onde eu acho que tinha um pouco mais de esperança, provavelmente ingenuamente, cinco anos atrás, porque havia muitas pessoas que queriam fazer coisas como torná-los compatíveis com blockchain, dar garantias reais de transparência e verificabilidade, e algum tipo de nível de privacidade real…”, comentou Buterin.

“À medida que cada um desses projetos atinge uma certa maturidade, todos eles desaparecem à medida que a coisa se aproxima cada vez mais de ser 1.0. Obtemos sistemas que não são realmente muito melhores do que os sistemas de pagamento existentes porque basicamente acabam sendo front-ends diferentes para o sistema bancário existente”, acrescentou ele à CNBC.

Moedas digitais de bancos centrais

Atualmente, diversos países já desenvolvem ou ao menos estudam a possibilidade de uma moeda digital. No Brasil, o Drex tem previsão de lançamento para 2024 e será a “terceira etapa” da digitalização financeira no país depois do Pix e do Open Finance.

A falta de privacidade é um dos maiores problemas das CBDCs projetadas por bancos centrais ao redor do mundo até agora, segundo Buterin. Ele disse à CNBC que as CBDCs permitirão que governos e empresas monitorem as transações financeiras da população. O Banco Central do Brasil já prestou esclarecimentos à EXAME sobre a possibilidade de congelar transações e contas de usuários do Drex.

“Eles acabam sendo ainda menos privados e basicamente quebram todas as barreiras existentes contra as empresas e o governo ao mesmo tempo”, comentou Buterin.

Já a Ethereum, rede que ele mesmo criou, Buterin disse que pode resistir à interferências governamentais, principalmente depois da The Merge, atualização que mudou o mecanismo de consenso para prova de participação (PoS) há cerca de um ano.

“A prova de participação é, na verdade, mais fácil de anonimizar e mais difícil de encerrar do que a prova de trabalho (PoW). A prova de trabalho requer enormes quantidades de equipamento físico e grandes quantidades de eletricidade. Esses são exatamente os tipos de coisas que as agências antidrogas têm décadas de experiência em detectar”, concluiu.

Uma nova era da economia digital está acontecendo bem diante dos seus olhos. Não perca tempo nem fique para trás: abra sua conta na Mynt e invista com o apoio de especialistas e com curadoria dos melhores criptoativos para você investir.  

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube Telegram | Tik Tok

Acompanhe tudo sobre:CriptomoedasCriptoativosEthereum

Mais de Future of Money

Ether dispara mais de 10% após Bloomberg reverter posição e projetar aprovação de ETFs

Genesis anuncia R$ 15 bilhões para ressarcir clientes prejudicados por falência

Brasileiros investem R$ 9,1 milhões nos fundos de criptomoedas em semana de reação global

Banco Central revela próximos passos da regulação de criptomoedas; veja o que esperar

Mais na Exame