Coinbase é a maior corretora de criptomoedas dos EUA (Michael Nagle/Getty Images)
Repórter do Future of Money
Publicado em 3 de maio de 2024 às 14h23.
A corretora de criptomoedas Coinbase, a maior dos Estados Unidos, reportou nesta sexta-feira, 3, um lucro líquido de US$ 1,2 bilhão (R$ 6 bilhões, na cotação atual) no primeiro trimestre de 2024. O valor é 72% maior que os resultados dos três primeiros meses do ano anterior.
De acordo com os dados divulgados pela exchange, a receita total no período foi de US$ 1,6 bilhão. Um dos destaques apresentados pela Coinbase foi o crescimento da USDC, stablecoin própria da empresa e pareada ao dólar. No primeiro trimestre, a capitalização de mercado do ativo aumentou 30%.
A Coinbase afirma que a USDC foi a stablecoin pareada ao dólar "com o crescimento mais rápido em 2024, até o momento". Apesar da expansão, a criptomoeda segue atrás da USDT, ligada à Tether, que lidera o segmento de stablecoins e possui uma fatia de mercado de mais de 40%.
A empresa também destacou que o resultado de primeiro trimestre ocorreu em meio a um mercado positivo generalizado para as criptomoedas graças à aprovação dos fundos negociados em bolsa (ETFs, na sigla em inglês) de preço à vista de bitcoin nos Estados Unidos, em janeiro.
Atualmente, a Coinbase é a custodiante de oito dos 11 ETFs aprovados. O resultado trimestral da companhia também superou as projeções de analistas, que esperavam que o ganho por ação fosse de US$ 1,09. O resultado divulgado aponta um ganho por ação de US$ 4,40.
O chamado lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (EBITDA, na sigla em inglês) da corretora de criptomoedas no primeiro trimestre foi de US$ 1 bilhão, um valor superior ao EBITDA total da companhia em 2023.
Fábio Plein, diretor regional para as Américas da Coinbase, destacou que os resultados demonstram uma " melhoria do ambiente macroeconômico e reflete os resultados de conquistas importantes, como a aprovação de ETFs de Bitcoin à vista pela SEC".
"Os negócios nos mercados internacionais seguem ganhando relevância e ja representam 17% da receita total, e o sucesso alcançado no Brasil até agora se deve a iniciativas desenvolvidas durante o período de baixa do mercado para trazer ao país a mesma experiência de produto que nos fez a empresa líder nos Estados Unidos", pontuou.