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Bitcoin sobe 29% em outubro e volta a chamar a atenção de investidores

Maior criptomoeda do mundo teve alta no volume de negociações que não se via desde março; outras criptos também disparam

 (Reprodução/Reprodução)

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Mariana Maria Silva
Mariana Maria Silva

Repórter do Future of Money

Publicado em 30 de outubro de 2023 às 11h04.

Última atualização em 30 de outubro de 2023 às 12h02.

Nesta segunda-feira, 30, o bitcoin se mantêm próximo dos US$ 35 mil, maior preço de 2023. Na última semana, a criptomoeda voltou a chamar a atenção de investidores com o maior volume de negociação desde março deste ano. Outras criptos, por outro lado, apresentam números significativos no cenário positivo de cotação.

No momento, o bitcoin é cotado a US$ 34.712, com alta de 1% nas últimas 24 horas, de acordo com dados do CoinMarketCap. Desde o início do mês, o bitcoin subiu 28,83%.

Explicando o movimento de alta do bitcoin

“O bitcoin se mantém resiliente rondando a resistência em US$35.000, amanhecendo o dia levemente positivo. A moeda conservou a maior parte da alta dos últimos dias, mesmo período em que as bolsas e demais índices de renda variável derreteram com o aumento da aversão a risco global”, comentou Thiago Rigo, analista da Titanium Asset Management.

Depois de um mês bastante positivo, a principal criptomoeda volta a chamar a atenção de investidores, segundo João Galhardo, analista da Mynt, plataforma de ativos digitais do BTG Pactual.

“Uma das evidências para isso é o reavivamento do volume à vista negociado nas corretoras. Na última quinta-feira, 26, o bitcoin atingiu um volume negociado à vista superior aos US$ 16 bilhões, número que não era atingido desde o final de março de 2023”, disse ele à EXAME.

O bitcoin se descorrelacionou dos índices acionários norte-americanos e, em contrapartida, está mais correlacionado ao ouro. O bitcoin e o ouro são frequentemente comparados por especialistas. Alguns, incluindo o CEO da BlackRock, afirmam até mesmo que o bitcoin “é o ouro digital”.

“Seguindo o método da correlação de Pearson, a correlação da maior criptomoeda com o S&P 500, índice acionário de referência nos EUA, caiu do campo positivo para -0,65 nos últimos 30 dias, enquanto a correlação com o ouro avançou para 0,58. Números perto de -1 indicam forte correlação inversa, enquanto resultados perto de 1 indicam maior correlação”, disse Thiago Rigo.

“O indicador estatístico mostra que no cenário de descrença do mercado com ativos vistos como voláteis, o rali do ouro e do bitcoin quase ao mesmo tempo fez ambos os ativos vistos como ‘reserva de valor’ se destacarem”, acrescentou.

Para ficar no radar

"Para a semana, a reunião do FOMC deve terminar deixando os juros estáveis nos EUA, mas o discurso de Powell como sempre deve trazer alguma volatilidade no dia.", disse Thiago Rigo. A reunião que define a política monetária dos EUA ocorrerá na próxima quarta-feira.

"Mesmo com membros do comitê de política monetária utilizando tom mais dovish, o chairman tem medido as palavras para não soar menos contracionista que deveria. Seu discurso deve mais uma vez reafirmar que o Fed perseguirá a meta da inflação em 2%, mas também deve ressaltar os últimos indicadores positivos da economia, como o índice de preços PCE que veio em linha com o consenso", acrescentou.

Criptomoedas hoje

Além do bitcoin, o ether é cotado a US$ 1.818 no momento, com alta de 1,4% nas últimas 24 horas. No mês, a segunda maior criptomoeda do mundo em valor de mercado subiu 8,35%.

Nesta segunda-feira, 30, se destacam por altas significativas as criptomoedas Solana, Avalanche e XRP, que sobem, respectivamente, 7,29%, 5,22% e 4%, de acordo com dados do CoinMarketCap.

Um relatório recente da VanEck prevê uma alta de até 10.600 para a Solana, que poderia chegar a US$ 3.211 até 2030.

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