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Bitcoin mantém alta após ultrapassar US$ 100 mil e valorização em 2024 supera 145%

Expansão da demanda por investidores institucionais e efeitos da vitória de Donald Trump levaram a criptomoeda a uma nova marca histórica de preço

Bitcoin: criptomoeda superou os US$ 100 mil pela primeira vez (Reprodução/Reprodução)
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 5 de dezembro de 2024 às 10h15.

Última atualização em 5 de dezembro de 2024 às 13h50.

O bitcoin segue em alta nesta quinta-feira, 5, mesmo após superar a marca histórica de preço em US$ 100 mil na véspera pela primeira vez. Com o novo recorde, a criptomoeda superou uma capitalização de mercado de US$ 2 trilhões, coroando um ano marcado pela crescente adoção de investimentos institucionais e pelos efeitos da vitória de Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos.

De acordo com dados da plataforma CoinGecko, o bitcoin acumula uma alta de 7,5% nas últimas 24 horas, cotado em US$ 103.106. No acumulado do ano de 2024, a valorização é de pouco mais de 146%. Impulsionado pelo ativo, o mercado de criptomoedas como um todo sobe 2,4% nas últimas 24 horas, enquanto o ether tem alta de 5,3%, a US$ 3.923.

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O bitcoin já havia firmado um recorde de preço em março deste ano, quando chegou à casa dos US$ 73 mil pouco depois da aprovação e do lançamento de ETFs do ativo nos Estados Unidos, um marco da sua adoção institucional. Já em novembro, logo após a vitória de Trump, o ativo entrou em uma sequência de recordes até os US$ 99 mil.

Beto Fernandes, analista da Foxbit, avalia que "os US$ 100 mil são um marco importante para o bitcoin até pela característica psicológica que este tipo de valor oferece para o ativo". "As métricas estiveram muito favoráveis nos últimos meses. Os ETFs seguiram recebendo fluxos constantes de capital, e os grandes investidores se mantiveram bem posicionados após uma realização de lucros intermediária".

Segundo Fernandes, o "gatilho" que a criptomoeda precisava para atingir os US$ 100 mil após chegar perto dessa faixa de preço e desvalorizar veio na própria quarta-feira, 4, quando Trump indicou Paul Atkins para assumir a presidência da SEC, a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos.

"Por ser um nome que já deu sinais de ser pró-cripto, o mercado entendeu a ação como um impulsionador de preços para o bitcoin – mesmo que apenas especulativo e de curto prazo. É importante lembrar que Trump fez muitas promessas de campanha que flexibilizariam o ambiente regulatório nos Estados Unidos. A nomeação de Atkins é uma delas. Porém, é preciso ver se essas ideias serão colocadas em prática a partir de sua posse", pontua.

Enquanto os investidores aguardam essa concretização de promessas, Fernandes avalia que os mercados de futuros e preços à vista seguem demonstrando um "grande apetite pela criptomoeda. A macroeconomia pode reverter este interesse, enquanto correções são naturais após tantas altas seguidas. Mesmo assim, os fundamentos do bitcoin permanecem bastante fortalecidos".

É o momento de vender?

Em momentos de alta expressiva, investidores se questionam se devem ou não vender suas posições em bitcoin. Lucas Josa, especialista em criptomoedas do BTG Pactual, respondeu à essa pergunta no Morning Call Crypto desta quinta-feira, 5.

“Realizar lucro agora ou não depende da estratégia de cada um. O mercado está subindo muito e muita gente deve estar pensando em realização, principalmente quem comprou na baixa. Só pode vender caro quem comprou barato. Para mim o mercado ainda tem espaço para crescer, mas depende muito do gerenciamento de risco de cada um”

O programa, transmitido ao vivo às terças e quintas-feiras pela manhã, pode ser acessado na íntegra no YouTube:

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